"REFLEXÕES DE UM APRENDIZ": O livro, a ferramenta da liberdade

Homenagem ao Dia do Livro

Hoje quero compartilhar um pouco da minha história com vocês. No final dos anos 70, quando era apenas um garoto humilde, cheio de sonhos, trabalhei com meu pai na sua pequena banca de revistas. Era a "Banca do Estudante", uma humilde banquinha de revistas e jornais, na saudosa estação de trem da nossa Castanhal. Na lateral, uma frase ocupava a parede: "o saber não ocupa lugar". Assim, entre a agitação da feira, rostos suados e transeuntes apressados, encontrei um tesouro escondido: os livros. Naquela banquinha, cada revista, cada livro era uma porta para um mundo diferente. A cada leitura, eu sonhava longe, voava alto e descobria que existia muito mais que a realidade dura ao meu redor. As palavras começaram a moldar minhas aspirações e me ensinaram que a leitura era a chave para um futuro diferente. Comecei com as revistas infantis, "Zorro", Batman", "Tio Patinhas", "Almanaque Disney", etc.etc. Logo depois, aos 12, 13 anos, já folheava as revistas dos homens maduros: "Manchete", "Realidade", "Fatos & Fotos", "Veja", e, assim, um novo mundo se descortinava sob aqueles olhos curiosos. Com o passar do tempo, vieram os livros e se tornaram meu alicerce, abrindo-me as portas da vida. Graças a eles conheci pessoas que nunca sonhei, pessoas de ação e pensamento. Aprendi que a leitura era uma poderosa aliada na busca pela transformação. Ler mais tirou-me muito cedo as algemas da opressão. Os livros não apenas mudaram minha vida, mas também me ensinaram que a sabedoria e a leitura nos levam a lugares distantes. Neste 'Dia do Livro', convido você, jovem, a explorar este universo. Diga-me: qual seu livro favorito..?!!

Texto: Jânio Siqueira (foto), Advogado, paraense de Capanema