Disco 'Bagaceira', de Dona Onete, ganha edição especial em vinil
O quarto álbum da artista celebrou a cultura do Norte do Brasil com uma fusão de ritmos regionais e estará disponível a partir de hoje no site do programa Três Selos
A notícia é boa para os fãs colecionadores que apreciam o trabalho de Dona Onete! Ela anunciou o lançamento de uma edição especial em vinil do seu quarto álbum, "Bagaceira", que celebrou a cultura do Norte do Brasil com uma fusão de ritmos regionais. O vinil 180g colorido conta com uma capa gatefold empastada e um encarte com conteúdo exclusivo assinado pela jornalista e pesquisadora Kamille Viola. A bolacha estará disponível a partir de hoje, 7, para os assinantes do projeto Três Selos, no site do programa.
O disco está dividido em dois lados. No lado A, estão as canções: Bagaceira, Curió Cantador, Meu Boi Campeou, Avesso do Avesso e Chamego Caboclo; já o lado B, ficam Festa no ver-o-Peso, Banguê Latino, Lunlambumbarimbó, Paixão Cabocla e Feitiço da Lua. A capa foi idealizada por Maitê Zara.
Dona Onete afirmou que estava muito feliz com a novidade. “É meu quarto disco, tem brega, tem lambada, tem banguê, tem carimbó, tem bolero e é claro nossa guitarrada”, acrescentou a artista.
Ela comemorou o retorno das vitrolas e dos vinis. Segundo a cantora, isso leva os fãs e ouvintes a reviverem um tempo antigo. “E é uma delícia ouvir música em uma vitrola ou eletrola. Sei que os DJs também vão ficar muito contentes, pois eles adoram manusear os discos em suas festas”, disse.
A Rainha do Carimbó Chamegado reiterou que o vinil terá uma mistura de canções bem paraenses. Ela disse estar realizada pela forma como o álbum tem sido recebido pelo público. “O vinil tá muito lindo com cores que irão fazer muitas vitrolas tremerem”, complementou Dona Onete.
O ÁLBUM
O disco nasceu da faixa-título, "Bagaceira", uma homenagem às festas do interior. "Falo em várias músicas da ilha do Marajó, onde nasci. Também trago 'bagaceira', uma festa que presenciei quando morava em Igarapé-Mirim, no Pará, e ia com a minha tia. Tocava todos os ritmos e na hora de ir embora era uma loucura. Trouxe a simbologia dessa festa [no disco] para mostrar que é só em Belém que existem as grandes festas com aparelhagem e carimbó raiz", disse a cantora.
Cada faixa do álbum conta uma história viva, refletindo as experiências de vida da cantora e capturando a essência dos lugares onde nasceu e viveu. Dona Onete compartilhou que o álbum começou a ser concebido durante a pandemia e reflete, sobretudo, as raízes culturais do estado. Desde o envolvente banguê da faixa-título até a atmosfera festiva do carimbó em "Curió Cantador" e "Festa no Ver-O-Peso", o disco é uma celebração da música paraense.
Apaixonada por um bom bolero e um brega pra dançar a dois, Dona Onete também prestigia esses estilos em faixas como "Feitiço da Lua" e "Avesso do Avesso". A lambada também marca presença na viciante "Lunlambumbarimbó", que conta com a participação de Félix Robatto.
A cantora assumiu a direção artística e esteve envolvida em todas as etapas da produção, desde a escolha das músicas até o design do figurino para a capa do disco, assinada por ela mesma. "Eu já tinha várias músicas e eles escolhiam aquelas que diziam que iam ser sucesso. Mas nesse novo, eles que vinham me perguntar o que ia acontecer. Eu gravei no cotidiano de Belém, é mais novo, não tenho mais tanta coisa do interior", comentou Dona Onete, destacando a inclusão de ritmos locais como a guitarrada.
O álbum "Bagaceira" teve a direção artística de Dona Onete e foi coordenado por Marcel Arêde e Geraldinho Magalhães (A&R). A produção musical ficou a cargo de Assis Figueiredo e Marcos Sarrazin, com produção executiva de Viviane Chaves e produção artística de Josivana Rodrigues.
A equipe de produção incluiu Elder Effe como assistente de produção fonográfica, além de Raendrea Sacramento e Eliete Santos como assistentes de produção. O álbum foi gravado por Assis Figueiredo e Marcos Sarrazin no Estúdio Apce, em Belém, Pará, em setembro de 2023. A mixagem e masterização foram realizadas por Assis Figueiredo no Estúdio Apce e no Bapo Som, em Ilhabela, São Paulo, incluindo a mixagem e masterização em Dolby ATMOS.
Fonte: O Liberal
Texto: Amanda Martins
Post a Comment