Lariza revela a vozes que lhe inspiram no Dia Mundial da Voz

 Caetano Veloso, Gal Costa e Luedji Luna são os artistas referenciais para Lariza

Divulgação /  Pietro Lima
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Um instrumento natural a todos os seres humanos é a voz. No Dia Mundial e Nacional da Vozcomemorado em 16 de abril, a cantora paraense Lariza, que recentemente lançou o novo EP "O Som da Crisálida", revela as vozes que lhe inspiram. As celebrações no Brasil pelo Dia Mundial e Nacional da Voz começaram em 1999 como resultado da iniciativa de médicos, fonoaudiólogos e professores de canto que pertenciam à antiga Sociedade brasileira de Laringologia e Voz (SBLV). Os três artistas da música popular brasileira escolhidos por Lariza foram Caetano VelosoGal Costa e Luedji Luna têm contribuições particulares ao canto.

“Caetano Veloso, além de sua obra que, ao meu ver, é uma das obras musicais mais complexas e belas, possui uma versatilidade no seu canto que me fascina. Explora os graves e agudos com muita beleza e ausência de vícios, além de ser artista que sempre respeitou sua liberdade artística, sempre cantou e ainda canta sobre aquilo que de fato quer cantar”, destaca Lariza. A potência vocal de Caetano pode ser conhecida, segundo Lariza, nas canções “Tonada de Luna Llena”, “Pássaro Proibido” e “Eleanor Rigby”.

Outra artista que encanta profundamente Lariza é Gal Costa, falecida há aproximadamente um ano. Três interpretações que marcam Lariza são “Força Estranha”, “Lágrimas Negras” e “Índia”. “Gal Costa é uma das vozes mais absurdas de belas que meus ouvidos conhecem. Uma intérprete ímpar, que canta com tamanha leveza e ao mesmo tempo tanta força. A sua liberdade, irreverência, sua beleza, sua coragem, seus agudos e o aspecto metálico no seu canto sempre me encantaram. Acredito que Gal Costa é uma artista que sempre vai estar na minha playlist”, atesta.

A terceira voz é de uma artista contemporânea - Luedji Luna. A cantora baiana retrata nas composições o preconceito racial, feminismo, empoderamento feminino, especialmente da mulher negra, em canções que mesclam ritmos afro-brasileiros com R&B, jazz e blues, além da MPB.

“Um canto doce, ao mesmo tempo que profundo, um canto baiano ao mesmo tempo que é de toda parte, principalmente de dentro da gente. Uma artista autoral na qual me inspiro, tanto pelo conteúdo das suas composições, mas também pela plenitude e elegância com que ela canta e defende sua expressão artística”, afirma. Da cantora ela indica para os interessados conhecerem as canções “Asas”, “Goteira” e “Lençóis”.

“De Caetano Veloso, trago como referência para minha carreira a liberdade de expressão artística. Isso pra mim é mais importante do que qualquer coisa no meu trabalho. Poder cantar sobre o que me interessa, poder me transformar ao longo do tempo e trazer essas transformações para dentro da minha obra. De Gal Costa, trago a referência da irreverência, da beleza e da mulher livre que ela sempre foi como artista e como intérprete. E de Luedji Luna, me inspiro na sua elegância, na sua verdade e na forma doce de falar sobre coisas densas e profundas”, resume Lariza.


Fonte: O Liberal 

Texto: Vito Gemaque

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