Adamor do Bandolim celebra o Dia Nacional do Choro no próximo domingo, 28

 Considerado mestre do gênero musical, Adamor será acompanhado pelo Grupo Gente do Choro

Aline Vieira
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O músico e compositor Adamor do Bandolim e o Grupo Gente de Choro se apresentam na Casa do Gilson, neste domingo, 28, como celebração do Dia Nacional do Choro, que ocorre em todo dia 23 de abril. O show promete ser um encontro entre gerações, honrando a tradição e a vitalidade do choro em Belém do Pará.

A programação inicia às 15h com o DJ Seu Edvaldo, do Música Paraense.Org, que vai tocar clássicos do Choro e do Samba. Em seguida, às 17h30, inicia a Roda de Choro que, ao longo da noite, vai receber diversos convidados, como o grupo Trio Lobita, Luiz Pardal, Jade Guilhon, Diego Santos e Tiago Amaral.

Adamor é uma figura referencial para a preservação e divulgação do choro na região amazônica. Integra o Gente de Choro, que possui mais de 35 anos de trajetória e é a maior referência do gênero no estado. Atualmente é formado com Gilson Rodrigues, no violão de 6 cordas; Mauro Ricardo, no violão de 7 cordas; André Souza, na percussão; Paulo Borges, na flauta, e Adamor, no bandolim.

O mestre, como é chamado pelos mais jovens, destaca com orgulho iniciativas como o Projeto Choro do Pará, ativo há 17 anos na formação de jovens músicos. "Como exemplo dessa juventude que atua no choro, temos Maria Paula Bosch, que toca bandolim, violino, do Ennio Gondim, que toca bandolim, cavaquinho, bem, entre outros", ressalta.

Adamor também celebra a criação do Instituto do Choro Amazônico (ICA), do qual é vice-presidente. "O gênero é uma tradição em toda a Amazônia, e por isso o Instituto chega para fortalecer e nos conectar. Temos representantes de todos os estados do Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins", explicou.

Sobre suas origens e trajetória, ele compartilha memórias de sua infância, quando já se encantava com o choro. "Eu cheguei aqui a Belém no ano de 1952, aos meus 10 anos, e já ouvia execuções de choro através das rádios", recorda. Desde então, sua vida se entrelaça com a música e com os mestres que o influenciaram. E mesmo sendo uma grande referência em Belém e no país, ele faz questão de pontuar que não foi ele quem começou tudo por aqui.

"Eu não sou pioneiro, eu já sou um seguidor. Estudei aqui em Belém até 1957, e fui para Macapá, onde eu comecei a tocar na rádio difusora de lá. Eu voltei aqui pra Belém nos anos 60 e aí já tinham mestres aqui”, afirma Adamor.

Quanto às expectativas para o evento na Casa do Gilson, Adamor expressa otimismo. "A expectativa que eu tenho é de uma excelente roda de choro, porque aí nós vamos unir gerações, dos antigos e da atual geração, certo?", disse.

O evento conta com um repertório diversificado, incluindo clássicos do choro e composições regionais, bem como obras de novos compositores locais. "Nós temos repertório para tocar a noite inteira sem repetir um choro. E essa meninada de hoje está, digamos assim, bebendo água nessa fonte, e estão desenvolvendo um trabalho muito lindo. Então, quem for o Gilson, vai presenciar", completou.

DIA NACIONAL DO CHORO

Nesta terça-feira, 23 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Choro, uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil, conhecido por sua riqueza melódica e virtuosismo instrumental. A data coincide com o nascimento de um dos maiores ícones do gênero, o célebre Pixinguinha.

SERVIÇO

Celebração do Dia Nacional do Choro, com Adamor e convidados, na Casa do Gilson.

Neste domingo, 28 de abril, das 15h às 23h.

Ingressos R$10,00 ( antecipado)/Mesas R$ 60,00. No dia, o ingresso será R$15,00


Fonte: O Liberal 


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