Vivendo criança em um texto referenciado
No mês da criança, a Academia Virtual de Arte Literária - AVAL, mobilizou os poetas do grupo e eles escreveram textos poéticos, atendendo cada temática. Aqui está, mais uma das minhas produções...
Academia Virtual de Arte Literária - AVAL
Paulo Vasconcellos: Acadêmico Efetivo
Patrono: Bruno de Menezes
Cadeira nº 26
Cidade: Capanema – Pará
Evento Literário: Vivendo Criança
Data: 26/10/2023
O malandro “Jerebinha” do Ver-o-Peso
Na capital do estado do Pará, Belém, funciona a maior feira a céu aberto da América Latina, Ver-o-Peso. O local é porta de entrada da cidade pela via fluvial, onde ancoram grandes e pequenos navios, além de barcos e outros tipos de embarcações.
O dia-a-dia no complexo é um frenesi total e os personagens se distribuem em diversas opções para quem quer escrever algo sobre o que acontece por lá.
O título de um filme antigo: “Os abutres tem fome”, é uma peça chave para o meu dissertar, pois vou citar alguns aspectos do que acontece no “Veropa” – nome adaptado para a feira.
Os tantos urubus que frequentam o “Veropa, disputam os espaços para se alimentarem, sendo que os mais espertos, aproveitam a primeira camada de carniças jogadas no deposito de lixo ou em outro espaço disponível. Os “famosos” urubus são cantados nas músicas de carimbó (ritmo paraense) e na maioria das versões, destaca-se a sacanagem que os urubus fazem ao brigarem por comida.
O mais sacana de todos “Jerebinha”, por ter um tamanho avantajado, expulsa os mais fracos e se apossa do que comer e para não perder a alcunha, depois de saciado, fica de sentinela, não deixando os outros se alimentarem.
O dia vai passando e eles sobrevoam, até encontrarem a comida e novamente formarem a algazarra, sendo que “Jerebinha”, chega de surpresa e avacalha o ambiente. Assim sendo, o velho “Pretiôco”, que não tem mais tanto vigor, tenta manter a amizade com “Jerebinha” e mesmo assim, às vezes, não é aceito nas refeições. Ele fica p*** da vida, parte para cima de “Jerebinha”, mas sempre leva a pior. Por sua vez, “Jerebinha” esnoba de seus comparsas e chama a atenção de quem tiver por perto até os cachorros vira-latas que perambulam pelo “Veropa”.
Faço esses comparativos entre a farra dos urubus e o evento da AVAL, para que os meus pares conheçam um pouco a realidade presente na capital Belém do Pará, a Metrópole da Amazônia!
Obs: estou lincando a música “No meio do Pitiú”, composta e interpretada pela cantora paraense Dona Onete, que destaca a sacanagem dos urubus no Ver-o-Peso!
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do Grupo PCDV
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