O poeta escrevendo para as crianças

 Foi assim, nos eventos da Academia Virtual de Arte Literária - AVAL, quando tive que mudar o meu estilo e atender aos desafios. Escolhi alguns personagens e participei...



Academia Virtual de Arte Literária - AVAL
Paulo Vasconcellos: Acadêmico Efetivo
Patrono: Bruno de Menezes
Cadeira nº 26
Cidade: Capanema – Pará
Evento Literário: Vivendo Criança
Data: 27/10/2023

O amigo do “Pestinha”

As ruas da cidade estavam movimentadas no feriado, ocasião em que as crianças aproveitavam o tempo livro, para as brincadeiras de praxe.
Os meninos jogavam futebol, empinavam pipas e andavam de bicicleta, sendo que as meninas, pulavam corda, jogavam voleibol e participavam de outras atividades recreativas.
Depois de tudo isso, alguns se reuniam em rodas de bate-papo e contação de histórias, até o sono se manifestar. O irrequieto Lourenço planejava aprontar alguma peraltice e assim, encerrar o dia satisfeito.
Ele, ao ir dormir, deparou-se com um rato em seu quarto e ao invés do bichinho sair em disparada ficou observando Lourenço e saiu de mansinho, indo para debaixo da cama. Cançado, Lourenço nem ligou e adormeceu. De manhã, ao acordar, foi pegar o seu tênis para cumprir as atividades de educação física na escola. Para seu espanto, o ratinho estava dormindo dentro do calçado. Respirou e pegou o rato tentando joga-lo pela janela, mas parece que o pequeno roedor queria lhe dizer alguma coisa.
A hora estava passando, Lourenço ficou meio sem saber o que fazer. Como tinha que chegar no horário da atividade na escola, colocou o rato em outro sapato e foi embora. Quando voltou, o bichinho continuava dormindo e Lourenço pensava que ele havia morrido, talvez, pelo cheiro forte do chulé. Na escola ele contou o acontecido para Joãozinho e Guilherme, e eles caíram na gargalhada, dizendo que Lourenço estava mentindo.
O agora solidário Lourenço, não falou nada para sua mãe e mantinha o rato, como um animal de estimação qualquer. Passaram-se alguns dias e o mistério continuava: Lourenço já estava íntimo do roedor e o “batizou” com o nome de “Pestinha”, pois ele revirava as roupas ou o que estivesse no chão do quarto, procurando o tênis vermelho de Lourenço, para se aconchegar.
A convivência passou a ser bastante intensa e quando Lourenço saía de casa, ficava preocupado com o reboliço que o pestinha ia fazer e ao mesmo tempo cauteloso em relação a possível fuga do animal, que se alimentava de pedaços de queijo que Lourenço separava quando ia tomar o café da manhã.
As aventuras de Lourenço com “Pestinha”, não são recomendáveis, pois o pequeno roedor é um vetor de doenças e só pode ser protagonista, nas histórias de ficção.
No mais o rato sumiu , Lourenço ficou triste, mas continuou a sua trajetória de estudante e menino brincalhão que todos gostavam, tanto na família, quanto na escola!

Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do grupo PCDV 

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