A janela, os versos e o protagonismo de uma bela moça
Os desafios literários realizados pela AVAL, destacam temáticas interessantes e a janela, passou a ser fonte para a criação imaginária dos poetas que participaram do evento desta semana. Contornei os meus versos e personalizei uma protagonista que assumiu o papel principal em um ato poético cheio de variações.
A janela é um local propício para quem escreve e quer dar conotações ao que for escrito e dessa forma, participei de mais um evento literário sob a chancela da AVAL. Outras janelas também são molduras para poesias construídas com maestria! (PV)
Desafio Quarta-Literária
Tema: O que vejo da minha janela
Autor: Paulo Vasconcellos, convidado por Ira Rodrigues
Cidade: Capanema-Pará-Amazônia-Brasil
Data: 12/07/2023
Formidáveis contornos
Estou passeando no arvoredo
ouvindo o canto dos pássaros e observando outros animais
nas mãos, carrego um facão
corto alguns galhos para eles não atrapalharem o meu caminho
no pescoço, está o meu alforge
depois de algum tempo,
estou de volta à minha casa
para descansar e continuar observando as coisas.
Abro a janela e me deparo com a paisagem verdejante
olho o rouxinol cantando no galho de uma árvore
de repente, uma moça morena surge em frente à minha casa
e pergunta o que estou apreciando
respondi: a paisagem da mata e o canto do rouxinol
mas, os olhares foram desviados, por causa da presença dela
que me encantava com os seus olhos verdes, cabelos longos e encaracolados
marcas de uma bela silhueta
a moça, se debruça na janela e puxa conversa
o rouxinol sai do galho da árvore e vem ao nosso encontro
parece que ele também ficou encantado com a beleza da morena.
Da janela, enxergo o arco-íris
mostro para a moça e digo a ela que o inverno está para chegar
outros pássaros fazem festa na ventania
que balança as folhas nos galhos das árvores.
Da janela, observa-se nuvens que demarcam alguma coisa
parecida com a cabeça de uma pessoa
só que o desenho se modifica
e se torna no formato de um dinossauro.
A morena está cada vez mais abismada,
mas não imagina que a melhor imagem é a beleza dela,
moldurada pela extensão da janela.
A morena se despede e vai embora
ficando o seu cheiro e retrato imaginário na minha janela
que agora vai ser fechada e figurar, apenas como painel da saudade
de alguém que veio me visitar
deixando um desenho de meiguice.
A morena, talvez, nunca mais volte
para, com a sua beleza me encantar!
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, Integrante do Grupo PCDV
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