Reminiscências de Capanema-Pará: Conheçamos parte da trajetória do artista plástico Emmanuel Nassar
Sequenciando uma série de matérias sobre personalidades capanemenses, pesquisa no Google e encontrei interessante informe sobre o capanemense Emmanuel Nassar, que é artista plástico conhecido em várias partes do Mundo. (PV)
Para conhecer mais a respeito deste renomado artista, acesse: emmanuelnassar.com
EMMANUEL NASSAR: BIOGRAFIA E PRINCIPAIS OBRAS DO ARTISTA PARAENSE
Emmanuel Nassar é um artista plástico paraense que, sem medo, ousa experimentar estilos, diferentes materiais e pontos de vista.
Fugindo do óbvio e do retrato meramente figurativo do folclore de sua região, o seu modo de expressar não nega suas origens, uma vez que suas obras transmitem as paisagens e tradição de sua terra.
Porém, muito se engana quem pensa que sua visão sobre o tema seja infantil ou ingênua. Nesse sentido, o artista se desconecta da inocência da estética da arte naïf, visto que conversa e analisa de maneira crítica e consciente esta narrativa.
Sua trajetória não traz uma linearidade comum. Afinal, o paraense brinca e dialoga com bom humor e sofisticação com o popular e o erudito, assim como não se prende a um só movimento.
Isso porque em suas peças podemos notar tanto a influência da pop art como do construtivismo. Sem falar no destaque que o ex-arquiteto dá aos objetos, tornando-os, em muitos momentos, protagonistas de suas pinturas.
Curioso em conhecer a biografia de Emmanuel Nassar e suas obras? Então, não desgrude desse texto!
BIOGRAFIA DE EMMANUEL NASSAR: INÍCIO E A TRANSIÇÃO DA ARQUITETURA PARA A ARTE
Nascido em 1949, em Capanema, um município do Pará, a realidade de seu tempo e de seu local nascimento tenta ditar o destino de Emmanuel Nassar, visto que o conservadorismo da região norte do país e a tradição da primeira metade do século XX não apresentam muitas escolhas de profissões. Nesse período, apenas três delas parecem existir: a engenharia, o direito e a medicina.
Assim, aos 18 anos, ele opta por engenharia. Porém, essa escolha não dura muito. Isso porque em suas primeiras férias decide expandir seus horizontes e viaja para a Europa.
A viagem para o velho continente representa um divisor de águas em sua vida. Nasce dentro dele uma forte necessidade de mudança. Assim, retorna para o Brasil e, seguindo sua intuição, muda de curso e começa a estudar arquitetura.
Nessas aulas acontece o seu despertar para a arte, uma vez que os traços desenhados em croquis o fascinam.
Em seguida, já graduado, trabalha em alguns projetos. Porém, a vida estabelece um novo rumo, visto que ele inicia um trabalho diferente, atuando como redator e diretor de arte em uma agência de publicidade.
A COMBINAÇÃO PERFEITA DE REPERTÓRIOS E HISTÓRIAS
A partir de então, não consegue mais fugir da sua realidade criativa e, da década de 1980 em diante, se entrega à pintura.
Em suas obras, podemos encontrar e a tradição de seu região, assim expressa por telas pintadas com temas que enaltecem a coragem do povo do Pará, denunciam a miséria, evocam o imaginário popular com cores vibrantes e fogem do figurativo, apresentando uma composição que revela altas doses de arte abstrata.
Além disso, muitas de suas peças apresentam o detalhamento, a precisão, a geometria e a técnica dos cursos de engenharia e arquitetura.
Sem falar na criatividade e na ousadia que a experiência na agência de publicidade trazem a ele, assim simbolizadas pelo uso de materiais diferentes e pela original mescla de signos.
Nesse sentido ele se apropria dos códigos da cultura, utilizando objetos como lâmpadas, garrafas e embalagens, e os ressignifica de modo intuitivo e peculiar.
Isso acontece a partir de 1988, um ano em que o paraense deixa de pintar somente sobre tela e passa a incorporar esses materiais em suas obras, enaltecendo em alguns momentos a pintura e em outros o uso de objetos.
Já na década seguinte, o artista descobre e é seduzido pelas bandeiras. Assim, em seu trabalho “Brasileiros e Brasileiras”, explora ao máximo o aspecto geométrico desse tema, mesclando a estética construtivista com elementos e símbolos da pop art.
Em 2000, o interesse pela fotografia toma conta do artista plástico, que encontra nessa forma de arte a poesia necessária para prosseguir a sua carreira tão bem sucedida.
Hoje, Emmanuel Nassar está com mais de 70 anos e é sempre lembrado por seus fãs e críticos de arte pela criatividade, ousadia, imaginação fertil e genialidade técnica.
5 GRANDES OBRAS DE EMMANUEL NASSAR
RECEPCÔR – 1982
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
ARRAIL – 1984
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
SONOROS BRASIL – 1985
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
SERRA – 1990
Crédito: Enciclopédia Itaú Cultural
ALTO FALANTE – SEM DATA
Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles
As obras de Emmanuel Nassar podem ser admiradas em acervos de museus brasileiros e internacionais.
Elas também fazem parte de galerias virtuais, inclusive da Laart!
A Laart é uma galeria de arte online especializada em gravuras, que enaltece o trabalho de personalidades artísticas brasileiras e latino-americanas.
Todas as obras presentes no acervo são originais, de tiragem limitada, assinadas e contam com certificado de autenticidade.
A Laart nasceu com a proposta de democratizar o acesso à arte. Além disso, os idealizadores da galeria acreditam que é impossível sem arte!
Você também? Então, confira, agora mesmo, as gravuras de Emmanuel Nassar presentes no acervo da Laart e dê um toque especial à decoração de seu escritório ou ateliê!
Crédito da foto de capa: Folha de S.Paulo
Fonte: LAART (matéria publicada em 26 de janeiro de 2021)
Por Agencia Papoca
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