Exposição 'Memórias da Infância' segue aberta até o dia 22 no Museu de Arte Sacra do Pará


A exposição gratuita, com curadoria de Vânia Leal, reúne trabalhos de 28 fotógrafos brasileiros, em sua maioria paraenses, presentes na Coleção Eduardo Vasconcelos



Nay Jinknss




Foi estendida até o dia 22 de setembro a exposição gratuita “Memórias da Infância”, na galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra do Pará, em Belém. A mostra foi contemplada pelo edital Preamar de Cultura e Arte 2022, da Secretaria de Cultura do Pará (Secult), e tem curadoria de Vânia Leal e apoio da revista Design.com. Estão expostos trabalhos de 28 fotógrafos brasileiros, em sua maioria paraenses, presentes na Coleção Eduardo Vasconcelos.

O horário para visitação é de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. O professor e colecionador de arte Eduardo Vasconcelos explica que as fotografias presentes na mostra revelam aos visitantes várias questões acerca do sujeito da infância que tem algo de fascinante.

“Alguns desses momentos eternizados por essas fotografias soam oníricos e teatrais, mesmo que não posados ou ensaiados. Outros, representam o oposto, de dura realidade das crianças que vivem à margem da sociedade”, explica. “Deste modo, a mostra convoca para discutir as memórias de infância não apenas como uma fase da vida, mas principalmente como uma possibilidade de vir a ser”, avalia.

Exposição é um convite à imaginação

 
A curadora Vânia Leal acredita que as crianças retratadas nas fotos aproximam a experiência de si e das suas peraltagens na infância na água, no quintal imaginário, na rede, no barco… o acrobata que mostra sua habilidade nos saltos e as brincadeiras do rodopio que geram a sensação de vertigem. “Assim como nas experiências deles, as aventuras costumam dar gosto à infância de todos e as várias outras brincadeiras podem ser apreciadas na imaginação de cada um”, explica.

Segundo Vânia, essa exposição é um convite para a imaginação, reflexão, produção e expressão de sujeitos com histórias e vidas diferentes, com classes sociais e origens étnicas variadas. “Das fotografias, destaca-se o menino de João Ripper. Ele trabalha, não brinca. A gente se depara também com a naturalização da morte e a brincadeira sobre o túmulo construído na frente da casa, na fotografia de Paula Sampaio. Registros que refletem a realidade amazônica brasileira”, diz.

 

Fotografia presente na exposiçãoFotografia presente na exposição (Sandro Barbosa)


O grande acervo do colecionador de arte


Eduardo Vasconcelos tem um acervo de aproximadamente 800 obras entre pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e objetos. E ele explica que sabe que como colecionador tem um papel social de fomentar e divulgar a arte e os artistas. Por isso, além da exposição, ainda vai trazer ações educativas para crianças como forma de contribuir com a divulgação dos trabalhos dos artistas.

Legenda (Celso Oliveira)
Fotografia presente na exposiçãoFotografia presente na exposição (Iza Girard)


Serviço:


Exposição “Memórias da Infância”, com fotografias da Coleção Eduardo Vasconcelos, contemplada pelo edital Preamar de Cultura e Arte 2022, da Secretaria de Cultura do Pará (Secult).

Visitação: Gratuita, para todas as idades.

Data: Até 22 de setembro 

Hora: 9h às 17h  (visitação do público de terça a domingo).

Local: Galeria Fidanza /Museu de Arte Sacra (Praça Frei Brandão, s/n - Cidade Velha, Belém).

Realização: Coleção Eduardo Vasconcelos

Curadoria: Vânia Leal

Apoio: Revista Design.com


Fonte: O Liberal

Texto: 

Nenhum comentário