Filmes paraenses da última década têm exibição gratuita

 A programação conta com 10 longas e curtas produzidos no estado no projeto Movimenta Pebas

Walda Marques/ Divulgação

O projeto Movimenta Pebas preparou uma Mostra de Cinema Paraense. A programação, que está disponível no site do projeto (www.movimentapebas.art.br), conta com dez filmes de curta e média metragens produzidos no estado, além de três documentários produzidos por jovens paraenses do projeto Cultura na Praça, que a exemplo do Movimenta Pebas é patrocinado pela Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

A curadoria procurou refletir a pluralidade da produção de cinema independente na última década no estado. A seleção passeia por temas variados, como a tradicional festa do Círio de Nazaré, a fauna amazônica, lendas indígenas, e questões contemporâneas, como a infância, o envelhecimento, a paixão pela música e pelo futebol.

“Toda a programação da etapa, que também incluiu um curso sobre cinema de baixíssimo orçamento, tem como objetivo formar talentos locais para a produção audiovisual regional e valorizar aqueles que já estão nessa estrada”, explica o curador e coordenador do Movimenta Pebas, Gilberto Scarpa.

Três documentários produzidos em 2019 por jovens dos municípios paraenses de Parauapebas, Ourilândia do Norte e Canaã dos Carajás completam a mostra. Os curtas dialogam com as identidades locais, por meio de histórias de personagens das comunidades.

Os vídeos são resultado das oficinas de Cinema do Projeto Cultura na Praça, que busca fomentar e valorizar o patrimônio cultural e imaterial das localidades beneficiadas, e democratizar o acesso à cultura através da linguagem audiovisual.

Os filmes que são exibidos pela Mostra no site do Movimenta Pebas são: Matinta (ficção, 2010, de Fernando Segtowick); Ribeirinhos do asfalto (ficção, 2011, de Jorane Castro); Para vler poesia (animação, 2012, de Andrei Miralha e Marcílio Costa); O time da Croa (documentário, 2014, de Jorane Castro; Toura (ficção, 2016, de Erik Lopes); Antigamente não existia dia (ficção, 2017, de Adriano Barroso); Fé...promesseira (documentário, 2017, de Chico Carneiro); Allegro pero no mucho (animação 2019, de Cássio Tavernard); e Josephina (ficção, 2019, de Zienhe Castro).

Documentários produzidos pelos participantes do Cultura na Praça em 2019: Memórias (Parauapebas); Nunca passe ali (Ourilândia do Norte) e Ser ou ser (Canaã dos Carajás).

O Movimenta Pebas oferece programação diversificada e gratuita nas áreas de teatro, dança, audiovisual e artes pláticas. O projeto também investe na produção e na capacitação dos artistas locais, impulsionando a rede produtiva da cultura e gerando renda.

Entre as atividades on-line da etapa audiovisual do Movimenta Pebas, um curso de História do Cinema Paraense foi conduzido pela cineasta e professora universitária Jorane Castro, que apresentou a trajetória do cinema no Norte do país sob o olhar dos seus realizadores.

“A partir desta perspectiva, nossos encontros analisaram as transformações do mercado, da produção regional, e o desenvolvimento de uma potente narrativa endógena que tem guiado, desde o início deste século, a construção de histórias da Amazônia”, explica Jorane Castro.

Adaptado para promover ações também durante a pandemia, o Movimenta Pebas já selecionou, por meio de concurso cultural, cinco peças teatrais de curta duração que serão montadas com recursos do projeto.

Além disso, mais de 200 jovens e adultos de Parauapebas participaram de cursos on-line de capacitação em diferentes modalidades de dança com a equipe da renomada Corpo Escola de Dança, do Grupo Corpo. Na etapa de música, o projeto selecionou, produziu e divulgou dez videoclipes com músicas inéditas de compositores daquele município.




Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagens).

Nenhum comentário