Artigo da Semana por Lúcia Betânia


 A VIDA PELA MINHA JANELA

Na vida estamos sempre esperando algo, esperamos realizar sonhos, projetos, uma resposta às nossas dúvidas, uma solução para algum problema. Quando não realizamos o que esperamos, nos frustramos com a vida, nos decepcionamos com as pessoas e, algumas vezes, nos desesperamos.  É bem verdade que ninguém sempre consegue tudo o que se quer nessa vida,  mesmo insistindo é  natural que não realizemos todos os nossos anseios ou não  resolvamos todos nossos os problemas.  Contudo não  podemos nos considerar pessoas fracassadas, abandonadas, desafortunadas e infelizes. Diante dos problemas que  a vida nos apresenta, podemos ter dois comportamentos distintos: lamentar as dificuldades, com tristeza e sem ânimo  ou enfrentá-las com alegria, na esperança de vencê-las .Tudo depende da nossa visão diante das barreiras impostas e de como olhamos para dentro de nós. É preciso abrir a janela da nossa vida,   saber olhar para tudo o que nos acontece com as lentes da esperança e perceber o poder de superação do ser humano.

Às vezes, me pego a olhar pela minha janela e fico a  contemplar a vida lá fora. Percebo que há felicidade nas pequenas coisas, nos simples gestos, como, por exemplo, na rotina dos pássaros que vêm e pousam no galho de uma árvore, eles não têm tudo que precisam com facilidade, bicam alguma haste do caule  e,  em seguida, lançam-se num voo frenético como se fosse um ritual. Não ouço o cantar dessas aves pela distância que estou de minha janela, mas sinto a alegria que existe nas ações realizadas pelos pássaros. Então, me sinto feliz ao observar que existe felicidade quando se olha além do que nossos olhos alcançam. Meu coração se inflama no meu peito cheio de contentamento,  pois a esperança brilha lá  longe da minha janela. Quando percebo,  essa luz chamada esperança me alcança e me lança a caminho, em busca dos meus sonhos. 

Outras vezes, ao olhar pela minha janela e, ao ver que  chove lá fora, constato que há  nuvens carregadas, impedindo o brilho do sol,  deixando as imagens turvas, sombrias, ofuscadas pela desesperança.  Mas aí, olho para o céu e, numa prece, sinto uma emoção ímpar invadir meu ser , uma paz infinita, um acolhimento de alma. É  Deus me abraçando e, como mágica, o tempo volta a clarear novamente. Então, consigo ver pela minha janela a luz no fim do túnel a dizer: "Calma, filha,  eu te abrirei os olhos para enxergares que quando se sentires fraca aí é que te farei forte. Confia e espera em mim, deixa eu te guiar. Saiba que o teu sonho fui eu que o coloquei em teu coração e te ajudarei a realizá-lo".

Não deixemos de sonhar, dependendo da forma que olhamos  pela  janela da nossa vida, poderemos contemplar a mão de Deus, construindo a nossa FELICIDADE.


Lúcia Betânia Bezerra Martins

Capanema Pará Brasil





Edição: Alek Brandão
Foto: Divulgação.

Um comentário: