Festival mistura as danças sem receita ou fórmula
Festival Experimental de Dança Paraense (Fedapa) tenta fazer as danças paraenses serem conhecidas em outras partes do Brasil
Misturar os estudos da dança paraense interagindo com outros ritmos de dentro e fora do Brasil é o objetivo do Festival Experimental de Dança Paraense (FEDAPA), idealizado pelo coletivo Cultural Dance e Recrie o Mundo. O evento que segue até hoje pelo Youtube e redes sociais foi contemplado no edital de Dança da Lei Aldir Blanc, financiado pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult). A programação terá oficinas, rodas de conversa, batalha virtual, palestras e apresentações. Toda a programação pode ser acompanhada pelo canal do Youtube e pelas redes sociais do Coletivo Dance e Recrie o Mundo.
A base para a experimentação artística é a própria prática, ou seja, não há fórmula ou receita. Neste caso os idealizadores pensam pôr em prática elementos da cultura regional, destacando a tradição, versatilidade e inovação da cultura amazônica. Devido a pandemia do novo coronavírus, o coletivo Cultural Dance e Recrie o Mundo resolveu tentar por meio de políticas públicas da Lei Aldir Blanc adaptar um festival com toda a programação virtual e gratuita.
“Propomos o Fedapa a fim de contribuir para a valorização e divulgação das danças regionais paraenses, refletimos que as redes sociais estão cada vez mais aproximando as pessoas do Brasil e do mundo, e pela necessidade de isolamento no contexto atual tem aumentado o consumo de conteúdos artísticos de forma online. Então, produzimos o festival de dança para ser transmitido pelas redes sociais, alcançar a população paraense, o Brasil e o mundo, através das experimentações das nossas danças regionais com outros ritmos corporais nacionais e internacionais, para salientar a versatilidade e inovação das nossas tradições populares”, explica a produtora Maya Lima.
Maya explica que a experimentação em dança não tem uma receita pronta. “Deve-se colocar em prática a criatividade, improvisações, composições coreográficas, entre outros elementos, o que propomos é ‘misturar’ as movimentações das danças paraenses com outros ritmos do Brasil e o mundo, para salientar a versatilidade e inovação da corporeidade paraense”, ressalta. O grupo entende que o mercado da dança está mais aberto, pois com o advento das redes sociais muitos artistas podem divulgar seus trabalhos independentemente do lugar. “Um dos motivos de experimentar com outras danças foi para chamar a atenção do público de dentro e de fora do Estado para contribuir com a divulgação e a valorização da nossa cultura regional”, enfatiza.
A programação que começou no dia 15 segue até hoje, 17, pelas plataformas digitais do @danceerecrieomundoo. No total, foram apresentadas seis oficinas de experimentação de danças paraenses com outros estilos, batalha virtual, rodas de conversa, palestra todo o conteúdo é gratuito. Todo o conteúdo ficará disponível nas redes sociais do grupo.
Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).
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