Contadora de Histórias de Belém representa região Norte em Festival Nacional on-line

Festival gratuito é transmitido pelas redes sociais e Youtube com contação de histórias e oficinas

Joana Chagas é a contadora de história paraense que participará do festival on-line. (Divulgação)

Muitas histórias sobre os mais diferentes assuntos para quem ouvir estão no 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço disponível pela internet para todo o Brasil. O Festival que começou no dia 14 deste mês traz hoje a participação da paraense Joana Chagas. O evento gratuito segue até amanhã com o intuito de revisitar o Dia Nacional do Contador de Histórias.

A programação diária tem apresentações on-line e gratuitas transmitidas pelo canal do Youtube, além de oficinas com conteúdos, que desvendam as técnicas deste ofício inspirador de dar vida às palavras, às memórias e aos personagens dos contos, poemas, crônicas, parlendas e outros elementos da tradição oral.

No total 19 profissionais de diferentes regiões do Brasil estão reunidos para levar o encanto desta arte até este sábado, dia 20, data em que é celebrado o Dia do Contador de Histórias. Esta sexta-feira, dia 19 de março, será a vez dos nortistas participarem da programação. A primeira contadora de histórias será de Belém do Pará, Joana Chagas, apresentando “A mulher que fazia chover”, às 10h.

Pela tarde, a partir das 15h, Joana Chagas ministrará a oficina “Nós, As Matintas
Ministrante”, com duração de 2h30. A oficina tem como público mulheres a partir de 16 anos (estudantes, mães, avós, professoras, contadoras de histórias e mediadoras de histórias).

Joana Chagas é contadora de histórias nascida das águas escuras do rio Oiapoque. Joana é licenciada em História e pós-graduanda na Arte de Contar Histórias, e fundadora do projeto #OcuparContarEncantar e realiza ocupação de praças, escolas e espaços públicos, com histórias, cantorias e brincadeiras tradicionais. É voluntária no Projeto Barca das Letras, que desenvolve ações nas comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas em várias regiões brasileiras. A partir da vivência nas Bibliotecas Comunitárias da Rede Amazônia Literária e na Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias/RNBC, tornou-se Mediadora de Leitura.

Outro artista do Norte que participa das atividades é Joca Monteiro, de Macapá (AP). A partir das 14h, ele apresenta “Histórias da Encantaria Amazônica”.  
E às 19h, Joca ministra “A Interpretação para a Arte de Contar histórias”, com duração de três horas, voltada para contadores de histórias, professores e agentes de leitura (a partir de 12 anos).

As apresentações ficarão disponíveis no link do YouTube (bit.ly/festcontahistorias). Todos os espetáculos contarão com recursos de acessibilidade, como tradução em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e audiodescrição.

O projeto foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), com recursos da Lei Aldir Blanc. O 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço foi idealizado pelo ator Ademir Apparicio Júnior. “Será uma oportunidade de reunir virtualmente grandes nomes da contação de histórias de diferentes partes do Brasil e mostrar a riqueza e a pluralidade desse extenso território”, destacou Ademir.

O evento contou com a abertura do show “Palavra Tagarela”, sobre tradição oral e elementos do folclore com os artistas Poliana Savegnago, Allan George da Silva, Márcio Bah e Devanir Mille, o público e também as apresentações dos contadores de histórias Liz Ângela de Almeida e Lucélia Clarindo (região sul) e Camila Genaro e Cia “Ih, Contei!” com Elton de Souza Pinheiro, Leandro Pedro da Silva e a fantoche Tifanny MeiaLoka (região Sudeste). As apresentações continuam disponíveis no canal do Youtube do festival.

 “Nosso desejo é o de fomentar e difundir a arte da narração de histórias, criar um espaço de partilha e pesquisa entre artistas e público, compartilhar saberes a partir de oficinas gratuitas e manter viva a fogueira da nossa própria história a partir da contação, valorizando a nossa identidade regional, cultural e ancestral”, complementa Ademir.

Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).