Campanha quer levar bailarina paraense para teste na Escola Bolshoi

Drielly Thayná, de 10 anos, passou na primeira etapa da seleção, mas não tem recursos para bancar viagem para Santa Catarina

Arquivo pessoal

Um dos sonhos da jovem bailarina Drielly Thayná, de 10 anos, é cursar a Escola Bolshoi de Ballet no Brasil. A menina moradora do bairro do Icuí-Guajará em Ananindeua, que estuda balé desde os quatro anos, conseguiu passar na primeira etapa do disputado concurso para novos bolsistas na escola conhecida por formar os maiores bailarinos do mundo.

Agora a família de Drielly tenta angariar recursos para que a menina consiga viajar para Joinville (SC) para fazer a segunda etapa da seleção nos dias 18 e 19 deste mês.

“Ela tem que estar na cidade até o dia 18 de março, por isso precisa viajar dia 16. A questão financeira a gente não se preparou, porque não previa isso. Começamos a fazer divulgação nas redes sociais, tentamos algum apoio dos órgãos públicos, mas como o dinheiro leva 45 dias para ser analisado e liberado não dará tempo. Então começamos a fazer a divulgação do pix da Drielly”, explica a tia Eael Marques, de 26 anos.

A menina começou a aprender ballet desde muito nova na ONG Espaço Profissionalizante da Amazônia (EPA) em Ananindeua. A entidade não governamental sem fins lucrativos realiza cursos e ações sociais para a comunidade periférica de Ananindeua.

Drielly ia acompanhar a irmã mais velha e descobriu o talento. “Eu gosto de tudo no ballet, minha irmã que começou. Desde os quatro anos eu ficava vestindo as roupas do ballet, e agora eu faço. Eu quero muito ser uma bailarina. É muito importante, é meu sonho, eu sinto que vou passar em todas as etapas”, destaca.

A menina tímida para dar entrevistas revela que foi uma pega desprevenida pela boa notícia. “Eu não sabia que ia passar, fiquei muito feliz. O que eles mandaram fazer não fui muito difícil era só para gravar vídeos fazendo aquecimento e alguns pulos”, explica.

A tia elogia a dedicação da sobrinha. “Como sempre foi o sonho dela, foi uma satisfação muito grande ela ter passado na primeira fase e uma surpresa. A ONG não é uma escola normal de ballet com aulas todos os dias, por isso foi uma surpresa ainda maior ela ter sido aprovada. A professora acreditava muito nela”, diz.

A professora de ballet Renatha Pinheiro, da ONG EPA, lembra que a menina sempre se dedicou e raramente falta às aulas. “Ela sempre foi uma mocinha esperta e muito dedicada nas aulas, ensaios. Não costuma faltar aula ou chegar atrasada”, disse.

Renatha está confiante que o talento de Drielly a levará longe. “Drielly é uma criança muito talentosa e muito esforçada. Então, acredito que ela tem grandes chances de ser aluna na escola Bolshoi, justo pelo potencial que ela tem. Ela tem apenas 10 anos de idade e seu compromisso com a dança já é gigantesco. Eu enquanto professora estou muito confiante e sei que ela dará o seu melhor”, reforça. 

Para ajudar: Pix 009.505.002-75 - Renata da Costa Pinheiro
















Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

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