De Verso em Prosa - Vamos Poetar

**Me apossei desta foto tirada por minha esposa Dalva, num fim de tarde de inverno na nossa querida cidade de Capanema. Não deu outra: virou poesia!

Eu sou o Sol

 

Amanheceu e eu começo a clarear o horizonte

com os meus raios que avultam além do nevoar

eu sou item primordial da natureza

realeza que se expande

estrela de alta grandeza.

Quando a noite se aproxima

procuro o meu recanto

depois de ter aquecido a Terra

o clima esfriado,

sendo a claridade transportada para a Lua

outro astro colossal.

Eu sou assim e assim sou eu

rico de inenarráveis riquezas

fico sondando o que há por vir

muitas vezes, uso a minha sutileza

procuro me acomodar quando necessário

não me escondo detrás de um monte

sou visível a olho nu

sou quente, sou ameno e sou frio

eu sou o Sol e não me ponho a desafio

aqui ou acolá, serei o que sou

não mudarei os meus procedimentos

sou água, sou terra e sou ar

sou o Sol de todas as horas

nas manhãs frias e nas noites de luar

eu sou o Sol: canto sem nem mesmo saber cantar

sou eu: o Sol.

 

Autor: Paulo Vasconcellos, poeta paraense, natural de Capanema.

Edição: Alek Brandão
Foto: Dalva Vasconcellos