Festival Tiaya de dança celebra cultura amazônica e latina com programação virtual e gratuita
Sendo a região brasileira com a maior área de fronteira com países vizinhos, o Norte é amplamente influenciado pela cultura de nossos irmãos latino-americanos, especialmente, na dança e na música, gerando uma produção artística particular da Amazônia. Para celebrar essa mistura de sons e ritmos, o Festival Tiaya de dança latina e amazônica, que em 2020, realiza sua segunda edição, oferece uma programação com aulas, sessões de bate-papo e programação musical, totalmente virtual e gratuita, de 21 a 22 de novembro.
"O intuito do festival é mostrar o valor que a cultura nortista tem para o próprio nortista. Quando a gente pensa em arte, música, dança, a gente acaba pensando muito no que vem de fora, de mais longe, e não no que tá aqui próximo. Estudando a minha área, eu acabei me encontrando na dança e a música amazônica, e queremos mostrar que o temos aqui é tão importante, e até mais importante, das coisas que vem de fora", conta Jean Patrick, idealizador do Tiaya e atual campeão do campeonato “Brasil Latin Open” na categoria Salsa Solo Masculino.
No sábado (21), a programação começa com aula de Cumbia com o professor Jean Patrick, é de Son Cubano, com o professor Eder Soares, de Fortaleza (CE). Os professores Joelson e Jasmini dão aula de Brega, enquanto o professor Alexandre, de Macapá (AP), ensina como dançar o Zouk Popular.
No domingo (22), tem bate-papo sobre Guitarrada com Bruno Rabelo e aula de Carimbó com Jean Patrick. Ainda no domingo, os professores Dennis e Laízze, de São Luís (MA), ensinam Timba e Reggaeton, e a dupla Joelson e Jasmini volta para dar uma aula de Xote Bragantino. Por fim, a professora Priscila Barkmann, de Curitiba (PR), ensina o famosos Chachachá. Todas as aulas serão realizadas pelo aplicativo Google Meet, com o link sendo postado no dia do evento, no Instagram e Facebook.
As aulas de dança serão realizadas no período da tarde, das 14h às18h, e das 20h às 23h, ocorrem as apresentações musicais com artistas locais no canal do Festival no YouTube. No sábado, tem live de Bruno Benitez e Jorginho Gomez e no domingo, as atrações são Laíse Rodrigues (Farofa Tropical) e DJ Raul Bentes. Ainda que a programação seja gratuita, o público pode contribuir com doações por meio de uma "vaquinha" virtual.
Mais do que ser um espaço para a dança, o Festival propõe discutir e conhecer nossa cultura e a identidade cultural do norte do País. “O Festival espera valorizar e despertar orgulho do que é nosso e saber de onde vem nossas influências. Inclusive, em uma das aulas, eu vou abordar as semelhanças não só com a dança, mas com a cultura dos outros países latinos. Curiosamente, isso ficou muito marcado no interior do Estado, por exemplo, pois aqui na capital, tem muito a questão do urbano, e a gente vai copiando o modelo de grandes cidades", revela Jean Patrick.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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