'Feliz Aniversário, Papai' estreia no Teatro do Sesi nesta quinta, 19

 


Quem não gosta de celebrar o seu aniversário cercado de pessoas queridas? O Velho Nagib, personagem vivido por José Leal no espetáculo “Feliz Aniversário, Papai” quer apenas comemorar a chegada aos 80 anos ao lado da família, mas as coisas não serão exatamente como ele planejou... Para ficar por dentro dessa confusão, elenco e produção convidam o público para assistir à estreia hoje, 19, no Teatro do Sesi, na avenida Almirante Barroso, e morrer de rir das situações que o idoso vive na companhia de sua empregada, Lurdoca, interpretada por Kátia Menezes.

Autor, diretor e protagonista, José Leal, o Zecão, conta que foi um desafio fazer teatro neste momento pandêmico, mas o uso da tecnologia audiovisual permitiu adaptações para garantir maior segurança sanitária. “Quando a pandemia começou, a gente tinha acabado de ganhar do Banco da Amazônia o prêmio que financia o espetáculo, que tinha que estrear ainda em 2020. Então, eu virei pro Klaus [Costa, produtor e assistente de direção] e disse que tínhamos que fazer. Foi difícil, e era só eu e Kátia no ensaio, e eu ensaiando de luva, com todo mundo de máscara, usando álcool em gel. Enfim, fizemos tudo direitinho”, disse.

Entre as participações especiais que não sobem presencialmente ao palco, estão Paulo Fonseca, que empresta sua voz a um radialista, e a jornalista Célia Pinho que, como não poderia deixar de ser, dá vida a uma divertida repórter de TV que aparece em vídeo. “Foi uma coisa de louco. Eu precisava de uma repórter em cena, e só tinha uma pessoa que eu queria, pois era uma repórter de rua, muito engraçada, e a Célia aceitou na hora. Ela deu um show!”, elogia Zecão.

Para uma produção com um elenco tão reduzido funcionar, José Leal precisava dividir o palco com alguém que ele tinha muita afinidade, e foi aí que Kátia Menezes entrou em cena. “A Lurdoca foi pra casa do Seu Nagib ainda bem mocinha, e ele foi buscá-la no interior. Hoje em dia, ela faz parte da família dele, pois ajudou na criação dos filhos”, conta Kátia, explicando a importância de seu personagem na dinâmica do espetáculo.

“Na velhice do Seu Nagib, ela se torna além de empregada, uma cuidadora. Os próprios filhos dão pra ela essa missão de cuidar do pai, e ela vai percebendo que cada vez mais eles vão se ausentando, como acontece muitas vezes com os idosos. Então, ela tenta preencher o vazio deixado pelos filhos. Ela é toda maluquinha e eles brigam muito, mas depois, tudo vira risada. Ela é a alegria dele”, explica a atriz, que se diz honrada em ter sido a escolhida para contracenar com Leal, a quem ela chama de “irmão, amigo e professor”.

Com a estreia nesta quinta-feira às 21h e outra apresentação dois dias depois, sábado, 21, para que o teatro seja higienizado, a produção reforça que quem quiser assistir ao espetáculo deve chegar uma hora antes para retirar o ingresso gratuito na bilheteria, já que serão apenas 200 lugares, com uso obrigatório de máscara. Com esses cuidados, todos podem participar desse ato que tenta manter viva a arte em um momento tão difícil, onde mais do que nunca, rir se faz necessário.


Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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