Reminiscências de Capanema por Paulo Vasconcellos
As mangueiras da Joaquim Távora e os banhos no rio Garrafão
Transcorriam os anos 1960/1970, quando Capanema despontava na esfera regional, como cidade promissora. O apito do trem já não mais existia, entretanto, outros aspectos marcavam aquele tempo de muitas novidades. O comércio do senhor Adolfo, na esquina da Rua Joaquim Távora com a Dom Pedro II, era o point sendo que lá funcionava Mercearia, Bar e Sorveteria (Mais ou menos assim). A avenida Joaquim Távora era dividida por mangueiras que além de embelezarem, produziam frutos e sombras. Muitos de nós jogávamos rebolo para apanhar as mangas ainda verdes e comer com sal.
Destarte, muitos outros detalhes, as mangueiras também existiam e outros pontos da cidade, como no caso, a Avenida Barão de Capanema. Eu morava na Rui Barbosa e juntávamos um grupo de meninos e meninas, para caminharmos até a rua Leandro Pinheiro e lá tomarmos banho no rio Garrafão que era rodeado de árvores, um local bastante frequentado pela população de Capanema. Eram feitos piqueniques aos domingos e todos se deliciavam com aquela água limpa e fria.
Confesso que ao escrever esta dissertação, sinto um forte saudosismo, pois relembrar aquele tempo é ver o retrato da Capanema que logo mais em cinco de novembro, completará 110 anos de emancipação política e conquista dos direitos administrativos.
Faço saber pois, que muitos de nós conhece outros detalhes do Garrafão, da Joaquim Távora, da barão, do Trem, das mangueiras, da Tecefatíma, da usina de Força e Luz, da Sorveteria Brasa Fria, do Cine Pálace, do Horto Municipal, do Rio Pau Grosso, da Caixa D’água, das Usinas de Beneficiamento de Arroz, dos Tanques e Peixes da Praça da Bandeira (Magalhães Barata), do MOBRAL, do Tubão, do Campo da Três de Maio, das Escolas Reunidas, da Pharmacia Capanema (Antônio Periquito), da Estação do Trem, da Loja Pernambucana (Casas Pernambucanas), do Depósito de Bebidas do Raimundo Moreira, da Sempre Viva, dos Sonoros Brasilândia, do Cocal (Coco), do Hospital São Lucas, do Coreto da Praça da Matriz, do Campo do Cipó, da Marujada do Laurso, do Quebra-Queixo do seu Dico, da Mercearia do seu Esperidião (Esperdião), do Mercado Raimundo Neves, da Cooperativa Mista dos Agricultores, do Hotel Carioca, da Sorveteria Minuano, da Casa Costa, do Hotel dos Viajantes, da Farmácia do Povo (Hugo Travassos), da Garapeira do seu Adalberto, da Taberna do Ciço Costa, da Loja do Chico Homem, da RCC, do Bar Rei Negro (Jonathan Moreira), da Telepará, da Escola da Maria Paraibana, do Matadouro Municipal (Curro), da Chaminé da Pires Carneiro, do Bazar do Chico Meireles, da Agência que vendia passagens de ônibus, do Bar 1º de Maio (Ambrósio Vidal), da Relojoaria do seu Zé Nascimento, das Agências que alugavam bicicletas, dos Cavaleiros e seus Cavalos com celas coloridas, da Garapeira do seu Pedro, do Bazar do seu Pompílio, do serviço de cobertura de botões da Dona Paquita, dos Caminhões Paus de Araras do Zé Cambota e Bazileu, da Casa Oliveira, da Assembleia Recreativa, da Estância São Franscisco, dos Americanos que moravam na Sebastião de Freitas ( família do Phelipe Hodgdon) e mais uma infinidade de locais e personalidades que fazem parte da história da Terra do Cimento, a nossa Capanema-Patrimônio de Todos Nós!
Edição: Wezlen Costa
Texto: Paulo Vasconcellos – Paraense de Capanema
Jornalista, Escritor e Poeta
Terra muito amada.
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