Setor de grandes eventos cobra alternativa para retomar trabalho
Com reabertura gradual de estabelecimentos de entretenimento, produtores de grandes eventos ainda lutam para ter possibilidades de retomada
Com a retomada gradual de setores do entretenimento como cinemas e casas noturnas, algumas atividades ainda perecem de informações sobre quando e como poderão voltar ao trabalho. Um destes setores é o de grandes eventos, como shows e festivais que reúnem milhares de pessoas e também movimentam importante parcela da economia, já que se configuram como uma cadeira de diversos profissionais.
Na tarde desta segunda-feira (13), a Rádio Liberal FM recebeu Calilo Maiorana, diretor da Bis Entretenimento; e Katia Correa, diretora executiva da JK Eventos, para debater sobre o cenário dos grandes eventos e perspectivas para o retorno, assim como cobrar um posicionamento do poder público para viabilizar a retomada do setor.
Em entrevista ao jornal O Liberal, Calilo lamentou a situação atual das produtoras de grandes eventos, que estão completamente paradas devido a demora da Prefeitura de Belém em apontar uma possibilidade de retomada.
“Queremos que a prefeitura crie protocolos que possibilitem o planejamento de um retorno dos grandes eventos. Alternativas que podem ser propostas, por exemplo, são retornar com o público sentado em show, realizar em lugares abertos, ou que possamos começar com eventos para até mil pessoas nos primeiros 15 dias, e ir aumentando com o tempo”, explica Calilo sobre possibilidades de retomada do setor, seguindo protocolos de segurança.
O empresário também fala da estabilidade dos casos de novo coronavírus no Estado, assim como a taxa de ocupação de leitos; o que parece não mostrar um novo colapso do sistema de saúde no horizonte.
“Se está ‘controlada’ a pandemia, acho que o sistema financeiro tem que voltar a progredir, e o nosso setor de eventos é muito importante para a economia. Assim como para o bem estar do cidadão, que quer sair para se divertir, para se distrair; foi alguém que passou por situações difíceis e agora está retomando. Mas essa retomada tem que ser feita com segurança e por profissionais capacitados, produtoras que tem mercado, produzem shows grandes, eventos de qualidade. É isso que a gente pede, que o retorno seja com segurança, com protocolo, com determinações para ninguém sair prejudicado”, defende Calilo.
Atualmente alguns setores do entretenimento noturno vem retomando suas atividades de forma gradual, como casas noturnas já autorizadas a ter shows ao vivo, e bares autorizados a funcionar até às 23h. Calilo destaca que esta reabertura acabou acarretando em um grande movimento nestes locais, sem qualquer planejamento da prefeitura.
Quanto ao setor de grandes eventos, o empresário defende que a comparação mais próxima não é a do movimento de bares e restaurantes, mas de eventos como convenções políticas, por exemplo.
“Estamos fazendo esse comparativo com comícios políticos que estão ocorrendo, com as festas clandestinas, que realmente o poder público não tem efetivo para fiscalizar tudo. Então quem está ganhando dinheiro é quem está fazendo as festas, e com os riscos maiores, sem procedimento de segurança. São as clandestinas, que não tem empregado de carteira assinada, não seguem os protocolos de segurança”, diz Calilo.
Em nota enviada à Rádio Liberal FM sobre o assunto, a Prefeitura de Belém informou que “o Comitê de Saúde do Município de Belém vem se reunindo com todos os setores, para avaliar a retomada das atividades de acordo com o parecer das vigilâncias sanitária e epidemiológica do município”. A Prefeitura também destaca que eventos sociais, como aniversários e casamentos, já estão liberados. A nota diz ainda que no caso dos promotores de grandes eventos, a última reunião do Comitê com o grupo ocorreu no final do mês de agosto.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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