As paredes como suporte para os escritos de Lia Paraense
O período de pandemia deu maior coragem para a artista expor a arte ao público
A escritora Lia Paraense vem aproveitando o seu novo ciclo para mostrar os escritos que vem colecionando ao longo dos anos. A escritora vem aproveitando as paredes como suporte para sua poesia. A Confraria do Fraga abriu excepcionalmente, na quinta-feira (24), para mostrar o trabalho de Lia, que pretende expor seus poemas em outras paredes ou até em um livro.
Lia Paraense é publicitária e sempre gostou do processo de criação. Diante disso, a escrita e os poemas são seus principais resultados ao longo dos anos. Mas nesse período de pandemia ela adquiriu maior coragem para expor isso ao público e decidiu fazer uma exposição de 13 de seus poemas.
"Eu sempre escrevi contos e poesias, mas sempre foi algo para mim. Mas nesse processo de isolamento eu mergulhei mais nesse meu processo e senti a coragem de mostrar e divulgar e como estou completando 50 anos resolvi celebrar esse momento dessa forma", explica a escritora.
A parede, os muros e as calçadas são vistos como os principais suportes para a arte da escritora, pois é um espaço onde ela acredita que seja mais democrático e mais acessível. "Um dos meus primeiros escritos foi feito em uma calçada, eu gosto disso. E foi em uma calçada na vila Toscano, onde fica a Confraria do Fraga. Por isso, é muito significativo realizar essa minha primeira exposição neste espaço", destaca a escritora.
Os poemas de Lia tratam sobre afeto, ela diz que como uma boa libriana não poderia fugir dessa temática, uma vez que é uma pessoa que gosta de vivenciar e cultivar as relações.
"É muito lírico. É estranho falar da gente, mas é isso esse trabalho. É muito sobre afeto e troca. Poesia é atuar nesse afeto", destaca a escritora. Os poemas escolhidos para essa primeira exposição foram construídos e compilados, pois alguns já estavam prontos e outros surgiram nesse momento de isolamento social.
Apesar de amar o suporte das paredes para seus escritos, Lia disse que pretende colocar seus escritos em um livros, pois é algo que muitas pessoas lhe cobram. "Alguns dos meus poemas já estão em camisas, canecas e entre outros espaço, pois é isso, eu gosto de vê-los nesses espaços além dos livros", completa a escritora.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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