Paraenses se destacam na Academia de Música do Brasil


O Estado do Pará está bem representado na Academia de Música do Brasil, com cinco membros titulares e mais nove patronos paraenses. A entidade formada há aproximadamente um ano reúne 120 músicos e compositores de todo o Brasil. Dentre os titulares paraenses estão Vicente Malheiros da Fonseca, José Agostinho da Fonseca Neto, José Agostinho da Fonseca Júnior, Andrea de Araújo Campos e João Paulo Santos da Fonseca.
A família de músicos de um dos mais importantes compositores do Pará Wilson Fonseca, mais conhecido como o Maestro Isoca, tem quatro membros titulares. O músico e compositor Vicente Malheiros da Fonseca, titular da cadeira n° 27, é o vice-presidente da entidade. Malheiros tem como patrono o próprio pai, Wilson Fonseca. Para ele, a possibilidade de ter tantos paraenses como patronos e membros da Academia é uma honra e reconhecimento para todo o Estado do Pará.
“A importância de integrar a Academia de Música do Brasil é pelo resgate da relevância que a música de qualidade do Pará tem e goza no conceito da música brasileira. O Pará tem grandes músicos e compositores, muitos deles estão no livro do Vicente Salles. Não vejo como uma conquista minha pessoal, mas como um resgate da música chamada erudita do Pará. O Estado tem grande importância, não é por acaso que Carlos Gomes passou seus últimos dias aqui”, declarou Vicente da Fonseca.
Em dezembro do ano passado, tomaram posse os maestros José Agostinho da Fonseca Neto, mais conhecido como maestro Tinho, e José Agostinho da Fonseca Júnior, filho e neto do maestro Isoca. O maestro Tinho tem como patrono o avô paterno José Agostinho da Fonseca, pai de Isoca.  
Outros paraenses patronos da Academia são o maestro Waldemar Henrique, o maestro Meneleu Campos, o compositor Jaime Ovalle, o compositor Altino Pimenta, a compositora e pianista Rachel Peluso e o compositor e pianista Bernardino Belém de Souza (autor da música “A casinha pequenina”). O historiador e pesquisador Vicente Salles também é patrono cuja cadeira será ocupada pela violinista e professora Andrea de Araújo Campos, bisneta do músico José Agostinho da Fonseca.
Um dos patronos mais recentes é Wilde Dias da Fonseca, conhecido como maestro Dororó, outro irmão do maestro Isoca. A cadeira que terá como patrono Wilde Fonseca foi ocupada pelo próprio filho, maestro João Paulo Fonseca, regente da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho e professor de música na Universidade do Estado do Pará (UEPA), em Santarém.
O fundador e presidente da entidade sediada no Rio de Janeiro, o chanceler Luís Roberto Trench, que é crítico e musicólogo, considera "que se faça justiça a tão tica História da Música Erudita Paraense".

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

Nenhum comentário