A arte de acreditar no impossível

A arte do ilusionismo serve para mostrar que todos têm o direito de sonhar e de se encantar pelo impossível. O dia 31 de janeiro é marcado pelo dia do mágico, um artista que encanta crianças, jovens e adultos pelas técnicas ilusionistas. De acordo com o ilusionista paraense Paulo Carvalho, 34, a mágica continua existindo, mas ele resolveu se readequar com o que o mercado vem pedindo. O artista trabalha com eventos particulares e palestras levando mensagens por meio do que é mágico.

"Ficou no imaginário das pessoas a figura do mágico com a cartola, não que essa figura tenha sido extinta, mas hoje em dia esse mercado ampliou. No meu caso, faço festas, mas também realizo palestras para um variado público, o qual utilizo o ilusionismo como ferramenta para levar a mensagem que desejo", destaca paulo Carvalho. Ele acrescenta ainda que a arte do ilusionismo serve para reforçar que não existe o impossível e que as pessoas devem cada vez mais sonhar e se divertir com o simples da vida.

"O sorriso e o brilho no olho das pessoas é o que me encanta nessa profissão. Isso não tem preço isso. É muito gratificante pra mim", afirma Dalton Santos, que trabalha há 15 anos como mágico em Belém, mas também já fez apresentações fora do estado. Uma das especialidades dele é o chamado shoe em "close up": "O show consiste em apresentações feitas a menos de um metro de distância. Mágicas de mesa em mesa ou para pequenos Grupos. As pessoas gostam de ver o impossível acontecer perto, especialmente em suas próprias mãos".

Ele aprendeu a profissão com amigos: "O Francisco, ele é cearense, me ensinou mágicas de 'close up'. E o outro foi Rafael Voltam, italiano, que me ensinou mágicas de palco postura e técnicas de apresentação. Até hoje estudo para me aprimorar, sempre viajando pra trazer novidades para atualizar o nosso repertório". Um dos sonhos ainda não realizados por Dalton é trabalhar em circo.

Já Rodolpho Sanchez conseguiu agregar valor ao trabalho de palhaço com as chamadas "magias cômicas", isto é, realizando pequenos números de mágica  interligados à cena de palhaço. "A gente cria o suspense, como no número das cartas de baralho em que peço para alguém tirar uma carta, olhar e devolver ao maço de cartas, embaralho e depois advinho a carta que foi tirada. Algumas vezes, o palhaço se atrapalha, erra o número e acaba revelando o segredo da mágica", conta. Há oito anos ele atua na profissão, mas somente há dois anos incorporou a mágica ao trabalho.

Formado em Teatro pela Escola de Teatro e Dança da UFPA, ele se especializou palhaçaria na Escola Livre de Palhaços, no Rio de Janeiro, referência latino-americana nessa arte, onde aprendeu as técnicas de magia cômica. "A mágica enriquece o trabalho do palhaço, como a música, malabares e acrobacia, que são artes circenses". Historicamente, a data faz referência a São João Bosco, um homem que fazia malabarismo e mágica para arrecadar fundo para sua família e que sempre depois das apresentações, rezava junto com a plateia. Ele morreu em 31 de janeiro de 1888 e, em 1934, o papa Pio XI canonizou-o.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)