Uma Menção Honrosa ao poeta
O ano está terminando e mesmo eu ainda não tenha parado para
contabilizar os dividendos conquistados com a literatura, faço pois, menção
honrosa ao meu trabalho poético, que recebeu tão importante e magnânima condecoração
em mais um projeto assinado por Maroel Bispo-Coordenador do Conselho Editorial
da Revista Inversos.
Escrever sobre a conscientização referenciada pelas tantas questões
envolvendo preconceitos e afins, encorajei-me para escrever um texto e
participar do Sarau Virtual realizado pela revista.
RESULTADO DO 3º SARAU VIRTUAL DA REVISTA LITERÁRIA INVERSOS – 20 DE NOVEMBRO – DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
SELECIONADOS
1º lugar – Qual é a cor do amor? – Will Wave – Itapetininga-SP
2º lugar – A cor da minha pele – Antonio Cazumbá -São Gonçalo dos Campos-BA
3º lugar – A alma não tem cor – Lúcia Betânia Bezerra Martins – Capanema-PA
2º lugar – A cor da minha pele – Antonio Cazumbá -São Gonçalo dos Campos-BA
3º lugar – A alma não tem cor – Lúcia Betânia Bezerra Martins – Capanema-PA
SELECIONADOS – MÊNÇÃO HONROSA
- Tatuagens ancestrais – Rita Queiroz – Feira de Santana-BA
- Somos iguais – Elza Melo – Capanema-PA
- Nova empresa – Elisa Máscia, Itália
- Recomeçando – Paulo Vasconcelos – Capanema-PA
- Relato de um negro – Gleidson Dantas
- Sou negra – Denise Moura
- Somos iguais – Elza Melo – Capanema-PA
- Nova empresa – Elisa Máscia, Itália
- Recomeçando – Paulo Vasconcelos – Capanema-PA
- Relato de um negro – Gleidson Dantas
- Sou negra – Denise Moura
Maroel da Silva Bispo
Coordenador do Conselho Editorial
Recomeçando
Eu vou andando pelas ruas da cidade, quase desertas
Procurando alguma coisa que me chame a atenção
Encontro um pedinte que cantarola uma música diferente
Ele fala que não está nem aí para a vida
Me aproximo dele e começo a puxar conversa
O pedinte é um homem de pele bem escura
Aparenta ter uns 60 anos
Disse-me que mora na rua e apanhou na noite passada
Entretanto, não soube explicar quais foram os motivos
Que levaram os seus algozes a tomarem tão cruel atitude
No seu corpo haviam marcas das agressões sofridas
Ele demonstrava estar muito abalado
Repetindo várias vezes que não confia mais em ninguém,
Porque muitos renegam a cor de sua pele
Para menosprezá-lo e excluí-lo da sociedade.
Eu o convido para uma reflexão
Oferecendo-lhe guarida em local mais confortável
O homem mantém-se cético e rejeita a minha proposta
Preferindo continuar morando na rua.
Estou convicto que sua decisão é (quase) irrevogável
Sendo assim, penso em desistir da minha vontade de oferecer ajuda.
Aquele pedinte é um simples cidadão
Que espera o tempo passar e não percebe que está tudo muito rápido.
Transcorridas algumas semanas,
Eu voltei novamente ao local
E encontrei aquela criatura em estado lastimável.
Mesmo diante de tanta resistência
Consegui convence-lo a fazer um tratamento de saúde
Iniciando então, um processo prolongado
Ele ganhou morada nova
Foi acolhido em um pequeno albergue
Passando a ter uma vida mais digna
E por isso, precisou mudar alguns procedimentos
Ações que o fizeram muito bem.
O morador de rua teve a sua vida transformada
Conseguindo então uma função laboral
Que lhe rendeu conforto e dignidade
Formando um conjunto de atividades plausíveis
E inerentes à prática da cidadania.
A sua pele negra é valorizada por muitos,
Porém, há quem use o preconceito
Como arma poderosa para aniquilar os desamparados,
Pois a repulsão ao progredir, pode deprimir ou desabonar
Qualquer indivíduo que esteja em situação vulnerável
E por conseguinte, contar com a provisão Divina
É ter a vontade renovada,
Juntando o ontem que se expõe ao agora,
Para esperançar no que possa vir depois.
Procurando alguma coisa que me chame a atenção
Encontro um pedinte que cantarola uma música diferente
Ele fala que não está nem aí para a vida
Me aproximo dele e começo a puxar conversa
O pedinte é um homem de pele bem escura
Aparenta ter uns 60 anos
Disse-me que mora na rua e apanhou na noite passada
Entretanto, não soube explicar quais foram os motivos
Que levaram os seus algozes a tomarem tão cruel atitude
No seu corpo haviam marcas das agressões sofridas
Ele demonstrava estar muito abalado
Repetindo várias vezes que não confia mais em ninguém,
Porque muitos renegam a cor de sua pele
Para menosprezá-lo e excluí-lo da sociedade.
Eu o convido para uma reflexão
Oferecendo-lhe guarida em local mais confortável
O homem mantém-se cético e rejeita a minha proposta
Preferindo continuar morando na rua.
Estou convicto que sua decisão é (quase) irrevogável
Sendo assim, penso em desistir da minha vontade de oferecer ajuda.
Aquele pedinte é um simples cidadão
Que espera o tempo passar e não percebe que está tudo muito rápido.
Transcorridas algumas semanas,
Eu voltei novamente ao local
E encontrei aquela criatura em estado lastimável.
Mesmo diante de tanta resistência
Consegui convence-lo a fazer um tratamento de saúde
Iniciando então, um processo prolongado
Ele ganhou morada nova
Foi acolhido em um pequeno albergue
Passando a ter uma vida mais digna
E por isso, precisou mudar alguns procedimentos
Ações que o fizeram muito bem.
O morador de rua teve a sua vida transformada
Conseguindo então uma função laboral
Que lhe rendeu conforto e dignidade
Formando um conjunto de atividades plausíveis
E inerentes à prática da cidadania.
A sua pele negra é valorizada por muitos,
Porém, há quem use o preconceito
Como arma poderosa para aniquilar os desamparados,
Pois a repulsão ao progredir, pode deprimir ou desabonar
Qualquer indivíduo que esteja em situação vulnerável
E por conseguinte, contar com a provisão Divina
É ter a vontade renovada,
Juntando o ontem que se expõe ao agora,
Para esperançar no que possa vir depois.
Autor: Paulo Vasconcellos
Cidade: Capanema-Pará-Amazônia-Brasil
Imagem: Paraíba Rádio Blog.com/Thiago Moraes
Cidade: Capanema-Pará-Amazônia-Brasil
Imagem: Paraíba Rádio Blog.com/Thiago Moraes
Parabéns.
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