Movimento quer criar teatro municipal em Ananindeua


Um movimento de produtores culturais de vários segmentos organiza o Movimento "Por um Teatro Municipal em Ananindeua" na tentativa de criar o primeiro teatro público de um dos maiores municípios do Pará. O movimento, que existe há vários anos, pretende que o poder público construa o espaço cultural para dar mais acesso da população ao teatro e incentivar grupos cênicos.
O Espaço Cultural Rosa Luxemburgo que tem uma biblioteca comunitária na Cidade Nova e realiza diversas atividades para crianças e jovens é um dos grupos a frente do movimento. De acordo com um dos integrantes do Rosa Luxemburgo e membro do Conselho Municipal de Cultura de Ananindeua, Daniel Veiga, o teatro está nos planos há algum tempo e há recursos disponíveis para o início da construção desde 2013 no Plano Plurianual (PPA) de Ananindeua, mas ainda são necessários mais recursos.
"Para 2020, foi previsto R$ 200 mil do município para a construção do teatro. Isso está previsto desde 2013. A partir disso, muitos entes civis se mobilizaram em torno desta bandeira. Todos os segmentos serão beneficiados com um teatro municipal. Outros municípios menores como Bragança e Castanhal já possuem um teatro, Ananindeua que é um dos maiores do Pará ainda não tem. É difícil para a população de Ananindeua e os grupos virem para Belém", explica Daniel Veiga.
Mesmo com o orçamento inicial de R$ 200 mil, um levantamento do movimento estima que para criar um teatro com 600 lugares sejam necessários de R$ 12 milhões a R$ 19 milhões, devido aos equipamentos de iluminação e som. Alguns vereadores de Ananindeua apoiam o projeto, assim como um deputado estadual que garantiu uma emenda parlamentar de um milhão de reais.
A estudante de Licenciatura da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maria Clara Rosário, de 21 anos, se apaixonou pelo teatro no projeto social Santa Arte, Ananindeua. Para ela, falar na criação de um teatro em Ananindeua é mais que um espaço físico. "Falar em relação da importância do teatro é falar de história, além de ser uma manifestação artística é vivência tanto do artista, quando do próprio espectador. Eu não tive uma inspiração de arte em Ananindeua, fui inspirada em Belém e não no meu próprio local de origem", afirma.
O jornalista, música e ator Paulo Ronaldo, que também é conselheiro municipal de cultura de Ananindeua, avalia que todos os segmentos culturais serão beneficiados. "Isso é política pública. Tanto a música, quanto o teatro terão benefícios. Os músicos terão um palco que hoje não existe em Ananindeua", declarou.
"A população precisa se conscientizar que isso também é importante assim como saúde e educação. Afinal quantas crianças de Ananindeua disputam para hoje uma vaga da Escola Bolshoi? O teatro possibilita para dar um salto cultural e profissional para todos os grupos de teatro, dança e música", garante Daniel Veiga. 

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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