Walda Marques e Elza Lima conversam com o público no 'Diálogo com Artista'


O Arte Pará continua com a série de ações ao longo de sua mostra e, nesta quinta-feira, no "Diálogo com Artista" o público vai ter a oportunidade de conversar com as fotógrafas paraenses Walda Marques e Elza Lima, que vão falar das suas obras e de suas trajetórias, no Museu da UFPA, às 19h.
Walda Marques está com o trabalho "A Sala do Retrato" na exposição "As Amazonas do Pará" do Arte Pará deste ano. O trabalho tem como resultado um vídeo de aproximadamente um minuto, o qual a fotógrafa construiu com a seleção de oito fotografias de pessoas de sua família, incluindo mãe, vó e a própria fotógrafa ainda menina.
O movimento do vídeo se dá com o "looping" das fotos sem parar, onde a passagem de seus familiares tem o propósito de mostrar a sua construção e identidade como artista e como pessoa. "Nesse trabalho eu quis mostrar os meus antecessores como forma de fazer uma busca da minha identidade", destaca a artista.
O trabalho de fotografia de Walda Marques se agrega com outras modalidades artísticas, as quais a fotógrafa atua. Walda já transitou pelo teatro, pela maquiagem artística e entre outras modalidades. E a partir dessa junção ela diz que sempre gostou trabalhar com o formato retrato, uma vez que retrata a documentação de uma época.
Walda Marques vai falar sobre a obra 'A Sala do Retrato' que mostra a identidade de sua família através de retratos antigosWalda Marques vai falar sobre a obra 'A Sala do Retrato' que mostra a identidade de sua família através de retratos antigos (Walda Marques)
"Em 'A sala do retrato' mostro o rosto e a identidade da minha família através de retratos antigos provando que a fotografia é um documento. Quando as pessoas procuram um estúdio estão se documentando. A fotografia é um documento que guarda uma época, guarda história, memória, lembrança, família e identidade", acrescenta a artista, que já atua na fotografia há 25 anos.
Quem também vai partilhar suas experiências com o público é a fotógrafa Elza Lima, que está com a exposição “Habitar Água, Enquanto A Terra Arde”  na exposição "Amazonas do Pará", que apresenta um trabalho em fotografia digital impressa em pigmento mineral sobre papel Hahnemuhle.
Sobre esse trabalho, Elza Lima explica que diante de reflexões a respeito das catástrofes climáticas elaborou o trabalho aproximado ao mundo submerso da pesca artesanal, que está ligado aos fenômenos naturais. 
“O mar-corpo de águas, é o cenário perfeito para abrir a “cortina teatral”, onde atuam peixes, barcos, urubus, garças, personagens “dirigidos”por mulheres sensíveis, que tecem com perspicácia a rede da vida, criando seu mundo aquático", diz a fotógrafa.
As populações que habitam estas comunidades podem ser consideradas de origem indígena, por serem descendentes dos povos Tupiniquins, consequentemente dos pré-colombianos que habitaram a região.
O Projeto tem como objeto de pesquisa o registro fotográfico, em sua dimensão contemporânea que vai muito além do caráter documental, detendo-se nas questões estéticas e conceituais do papel da mulher num dos mais antigos ofícios da humanidade, investigando, de diferentes ângulos, a participação feminina na atividade pesqueira.
Agende-se:
Diálogos com Walda Marques e Elza Lima
Data: quinta, 14, às 19h
Local: Museu da UFPA
Entrada franca
Salão Arte Pará
Realização: Fundação Romulo Maiorana
Patrocínio: Vale e Faculdade Fibra
Colaboração: SOL Tecnologia e O Liberal na Escola
https://www.artepara2019.org

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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