Maior livraria flutuante do mundo atraca em Belém na quarta-feira
Os barcos na Amazônia são considerados o maior meio de transporte na região. Também será pelo rio que chegará a Belém nesta quarta-feira, dia 13, a maior livraria flutuante do mundo - o navio Logos Hope. A livraria traz mais de cinco mil títulos literários dos mais diferentes tipos com preços acessíveis a partir de R$ 10.
O Logos Hope estará aberto ao público na Escadinha da Estação das Docas até o dia 27 de Novembro, com ingresso com o custo de R$ 5, com direito à gratuidade para crianças de até 12 anos e idosos a partir dos 60 anos.
A capital paraense será a última cidade do Hope na América Latina. A expectativa é que mais de mil pessoas visitem a embarcação por dia. A abertura para o público acontecerá a partir das 14h de quarta.
O porta voz do projeto, o holandês Robert Renger, convida todos para visitarem o navio que está com a tripulação de 400 voluntários preparados para receber os visitante, inclusive grupos escolares e pessoas com deficiência física. O contato para visitas escolares deve ser feito via redes sociais do navio.
A tripulação terá o reforço de 100 novos voluntários locais para receber os visitantes. “A gente está disposto a receber todas as pessoas a bordo do navio. A gente fez parceria com a Associação de Libras do Pará para dar acesso às pessoas surdas na programação. A gente também sempre ajuda as pessoas com cadeiras de rodas na mobilidade dentro do navio para que o máximo de pessoas possíveis possam conhecer o projeto”, declarou.
O projeto já recebeu mais de 46 milhões de visitantes em 160 países (Divulgação)
Com livros sobre os mais diferentes temas como ciência, esportes, hobbies, culinária, artes, saúde, idiomas, questões familiares e literatura cristã, todas as famílias podem aproveitar o catálogo do Logos Hope. Aproximadamente 30% dos títulos serão em português. O projeto tem as missões de fornecer acesso à literatura de alta qualidade, promover a paz abraçando a diversidade, expressar o amor de forma prática e orientar as pessoas a uma vida com propósito.
De acordo com cada destino, o Logos se adapta ao país que irá atracar. “A gente tenta se adaptar e aprender no navio a cultura do local em que vamos atracar. Mas os nossos valores seguem os mesmos em todos os países, a gente não está fazendo nada especial no Brasil que não fazemos em outros lugares”, explica Renger.
A última visita do projeto ao Brasil aconteceu com o navio irmão Logos Hope II, em 1999, nos portos de Porto Alegre, Santos, Salvador e Recife. Desta vez será a vez da maior e mais nova embarcação do projeto, que tem quatro navios no total. O público terá a oportunidade de descobrir diferentes áreas, desde a livraria, e também a área de Boas-vindas, onde o navio é apresentado através de um curto vídeo e exposições interativas, o International Café, com sorvetes, bebidas e lanches à venda.
“O navio ficou bem maior, agora a gente tem 400 voluntários dentro, o outro tinha menos de 200. A livraria cresceu em tamanho e quantidade de livros, mas os nossos valores continuam os mesmos. A gente está viajando há mais de 50 anos promovendo ajuda e esperança na comunidade, isso não mudou e não vai mudar”, garante Renger.
Projeto iniciou na década de 70 e já passou por quase todo o mundo
O Logos Hope é operado pela organização internacional de origem cristã e sem fins lucrativos GBA Ships. Desde 1970, a organização recebeu mais de 46 milhões de visitantes em mais de 160 países e territórios em todo o mundo. A palavra Logos, de origem grega, é tradicionalmente traduzida como “palavra, pensamento, princípio ou discurso”. Na Bíblia, é usada para se referir à pessoa de Jesus Cristo. Todos os tripulantes do Logos Hope são cristãos.
Renger conhece de perto a hospitalidade brasileira e paraense, já que há dois meses organiza os preparativos para a chegada do navio ao Pará. Ele tem a certeza de que a tripulação será muito bem recebida. “Três coisas aqui que me chamaram a atenção, é o valor que as pessoas colocam na família, e é algo que as pessoas ressaltam muito. Segundo é a hospitalidade, ontem fui almoçar com uma pessoa de Belém, mas não apenas almoçamos. Ele me serviu como um guia turístico por toda a cidade, apresentou tudo. Estava muito orgulhoso de me mostrar a cidade dele, e isso foi maravilhoso. E o terceiro, a comida daqui é maravilhosa, e pessoalmente, açaí se toma sem açúcar. Todas as frutas são maravilhosas”, listou.
No total a livraria já comercializou mais de dez mil títulos. Entretanto, não é apenas na venda de livros que o Hope se destaca. Em um dos portos em que atracou no Brasil, a tripulação ajudou a construir uma biblioteca comunitária. O navio doou os livros para a biblioteca seguir aberta, mesmo após a ida do Hope.
“A gente acredita que não é só o impacto de quando estamos em um porto ancorado ou os mais de 10 mil livros que foram vendidos. Em algumas coisas não temos números oficiais, a gente espera mesmo que as pessoas não somente leiam os livros. A gente tenta promover a literatura e educação, tentamos acreditar que os livros vão fazer por eles mesmos, como eu já disse essa não é a nossa primeira vez no Brasil. Muitas pessoas visitam a gente com o livro que compraram anos atrás, e dizem que aquele livro mudou a vida delas. Ela diz que comprou esse livro, despertou o interesse para estudar mais esse tema, e agora é profissional”, relata Robert Renger.
Agende-se:
Navio Logos Hope em Belém
Abertura: Quarta-feira, dia 13 de novembro, a partir das 14h
Horários para visitação: terça a sábado 10h30 - 21h / Domingo 14h - 21h / segundas-feiras: fechado
Ingresso: R$ 5, vendas em um quiosque na Escadinha
Gratuidade para crianças até 12 anos e idosos a partir dos 60 anos
Abertura: Quarta-feira, dia 13 de novembro, a partir das 14h
Horários para visitação: terça a sábado 10h30 - 21h / Domingo 14h - 21h / segundas-feiras: fechado
Ingresso: R$ 5, vendas em um quiosque na Escadinha
Gratuidade para crianças até 12 anos e idosos a partir dos 60 anos
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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