Banda paraense concorre a prêmio na Semana Internacional de Música de SP
A banda paraense Nicobates e Os Amadores foi indicada ao Prêmio Gabriel Thomaz de Música Brasileira, na categoria “hit do ano”, com a música “Metafísica do Piropo”. A premiação será no próximo dia 7, no encerramento da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM-SP), na capital paulista.
O Prêmio foi criado há sete anos pelo próprio Gabriel Thomaz, músico e produtor, fundador da banda de rock independente Autoramas. Há quatro anos, o evento se associou à SIM e vem realizando badaladas cerimônias de premiação com alguns dos melhores shows do Brasil.
Nicobates é o codinome de Nicolau Amador, ex-guitarrista da Norman Bates, banda que por 16 anos foi uma das mais ativas e representativas do rock paraense, entre 1994 e 2011. Como produtor também trabalhou com o Coletivo Rádio Cipó e Suzana Flag. Guitarrista sempre presente na cena do rock paraense, lançou-se como compositor e cantor há cerca de três anos com a banda Nicobates e Os Amadores. Atualmente, a banda é formada pelo compositor na voz e violão, Rafael Souza (guitarra), Claudio Fly (contrabaixo), Thiago Gama (bateria) e as vocalistas Ana Caraveo e Carol Endres.
“Metafísica do Piropo” é um brega pop que alterna momentos dançantes com pegadas fortes do rock, cuja letra fala sobre relacionamentos e exaltação feminina. “´Piropo’ é a palavra lusitana para ‘galanteio’, a nossa tradicional ‘cantada’. No meio musical os compositores chamam de piropo as canções feitas para a conquista da musa inspiradora. Nesta canção, em especial, em tento subverter a ideia fazendo uma espécie de ‘DR’”, explica com bom humor o compositor paraense.
A banda deve lançar o clipe de “Metafísica do Piropo” antes da premiação em São Paulo. “Apesar de ficar apreensivo, sei que já é um prêmio ser indicado, entre tanta gente boa do Brasil inteiro. Sendo particularmente fã do trabalho de Gabriel, eu ficaria muito feliz se (a banda) fosse premiada, mas somente a indicação já é motivo de orgulho”, concluiu.
Música do Pará
Segundo Gabriel Thomaz, o prêmio foi criado porque muitos artistas e bandas não estavam sendo valorizados. “Em 2016, premiei a Black Pantera e, três anos, depois eles assinaram contrato com a gravadora Deck Disc. A banda Blasfeme foi outra que ganhou o prêmio e foi convidada para fazer uma turnê na China, gravar disco etc”, recorda.
Perguntado sobre a seleção da música de Nicobates e Os Amadores, Gabriel disse que o prêmio é o único que “não tem rabo preso com ninguém”, por isso não divulga o nome dos jurados, e os vencedores são escolhidos por serem os melhores e que a música da banda paraense passou porque é muito boa, “assim como as 49 outras selecionadas”, mas ele falou sobre a música do Pará em especial.
“Nos anos anteriores já tiveram diversas bandas e músicas do Pará que concorreram. O Molho Negro venceu no ano passado e o Lambada Hit Combo foi indicado em outros anos. Eu adoro a música do Pará. O Autoramas toca em Belém desde 2001 e traz material paraense para o Sudeste. Fui eu que dei de presente para o (falecido produtor responsável pela criação do espetáculo Terruá Pará) Carlos Eduardo Miranda aquele box de miriti com o CD 'Mestres da Guitarrada'", conta.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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