Em busca da felicidade


Artigo da Semana - Por Lúcia Betânia Bezerra Martins


Você já deve ter se perguntado algum dia qual o seu maior desejo na vida. Para a maioria das pessoas a resposta é uma só: ser feliz! De fato, o grande desejo de todo ser humano é conquistar a FELICIDADE. Ela é um sonho inerente à própria natureza humana, de modo que alcançá-la faz parte do projeto de vida de cada indivíduo.
        Numa célere reflexão, buscar a felicidade é ir ao encontro do que nos torna plenamente realizados, tanto na vida profissional como pessoal. Segundo Martha Medeiros no seu livro “Liberdade crônica”, a felicidade é uma combinação de sorte com escolhas bem feitas. Dessa forma, a autora declara, então, que a felicidade depende de nossas escolhas, mas é da sorte a última palavra.
        Em outra análise, Mário Sérgio Cortella afirma que “Felicidade é uma vibração intensa, um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela situação.” Consta-se, então, que esse sentimento não é permanente, duradouro, mas pontual, momentâneo, transitório.
        Já Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, acreditava que a fórmula da felicidade se tratava de um sim, um não, uma reta, uma meta. Significava para ele, portanto, que ao dizer sim a um sonho, você o torna uma meta. Depois acrescente uma reta longínqua que leva você direto ao seu objetivo e diga não a tudo que possa tirá-lo do caminho.
        Mas será que existem fórmulas para ser feliz? Há até quem duvida de que exista a tão sonhada felicidade. Porém aqueles que acreditam a procuram por diversos caminhos, às vezes, por estradas tortuosas, repletas de curvas, encruzilhadas, bifurcações, altos e baixos, maneiras pelas quais acreditam que os levarão a alcançá-la. Mas acabam se desviando do seu objetivo ou até mesmo se perdendo no meio do caminho. O que importa é buscar o que nos é essencial ao nosso bem e aos nossos entes queridos.
     Dessarte, são vários os caminhos, contudo são poucos os que nos conduzem a sentir a verdadeira sensação de contentamento. Algumas pessoas procuram a felicidade na realização profissional ou na formação intelectual; outros na ostentação do luxo, no poder, na fama ou no culto exagerado ao corpo; há os que pensam que a encontrarão na família “perfeita” ou vivendo um grande amor; há ainda os que enxergam na religião ou na espiritualidade a fonte inesgotável da felicidade. Talvez nada disso ou o conjunto de tudo isso nos realize, pois é provável que esse sentimento é relativo para cada um de nós.
        No tempo em que se aceleram as buscas e as resposta imediatas não se encontra a serenidade para a reflexão, para a meditação e o autoconhecimento. Desejamos felicidade, mas vivemos em meio a um turbilhão de cobranças sociais, preocupações, tensões e, dessa forma, somos rendidos pela ansiedade dos tempos modernos e não enxergamos que dentro de nós está a resposta ´para muitas inquietações.
        Então, convido você a refletir que, na atual conjuntura, somos bombardeados por fórmulas deturpadas que prometem a nos levar ao “felizes para sempre”. Entre elas uma se destaca na sociedade que nos impõe comportamentos padronizados. Eis a receita: “Terminar o colegial, ir a faculdade, conseguir um bom emprego, casar e ter filhos. Depois ensinar aos descendentes a mesma receita mágica. Atenção! Quem não seguir essa fórmula está fadado ao grupo dos infelizes.
         Para quem almeja encontrar a felicidade, eu desejo determinação, força, coragem e discernimento para vencer os desafios que surgirem pelo caminho. Só os perseverantes chegam ao destino, mesmo cheio de cicatrizes. Contudo, é mister saber que a felicidade não está longe, ela se encontra dentro de nós e consiste na forma como cada ser humano vê a vida, reconhece os verdadeiros valores e percebe o mundo a sua volta. É preciso ter fé acima de tudo para lutar por aquilo que almejamos, tendo gratidão pela vida, respeitando o outro, vivendo na simplicidade. É amando e fazendo o bem sem querer nada em troca que conquistamos a paz de espírito e, consequentemente, a tão sonhada felicidade.




A autora (foto) é Graduada em Licenciatura Plena em Letras e Artes pela UFPA 
com especialização em Língua Portuguesa pela UFPA e Gestão Escolar pela UNAMA.











Imagens: Divulgação

Nenhum comentário