Realidade Aumentada no acervo do Museu de Arte do Rio (MAR)


A realidade aumentada do inglês AR (Augmented Reality) tem entrado na vida das pessoas sem que se perceba. A tecnologia presente nos smartphones em filtros de redes sociais ou em jogos virtuais como Pokémon Go! está influenciando até a maneira como as artes são concebidas. Um quadro com uma imagem estática que se transforma e ganha movimentos ao se posicionar um aparelho digital com aplicativo em frente a obra muda a forma de se conceber e de experimentar a arte. O Museu de Arte do Rio (MAR) – respeitada instituição artística do Brasil – adquiriu para o acervo próprio a primeira obra com realidade aumentada da história - o quadro “Maré, 2019” da artista plástica paraense Roberta Carvalho.
“Maré, 2019” havia sido exposta na Feira de Arte Internacional do Rio  2019 (ArtRio), juntamente com a obra “Sem título, 2019”, feitas com esta técnica. “Maré, 2019” foi escolhida pelo curador do Museu de Arte do Rio, Paulo Herkenhoff, durante a feira, para integrar o acervo do MAR. O quadro “Maré, 2019” foi adquirido e doado para o MAR pelo casal Simone Cadinelli, colecionadora e galerista de arte, e por Eduardo Braule-Wanderley, CEO do Grupo Petra Gold. A obra fez sucesso com o público e teve mais de três mil interações com os visitantes da ArtRio.
Obra 'Maré' foi a escolhida para integrar o acervo do MAR.Obra 'Maré' foi a escolhida para integrar o acervo do MAR. (Roberta Carvalho)
“A minha ideia em primeiro lugar era ter outras leituras do meu trabalho, articular o meu trabalho artístico, ter outras interações da arte com o público, criar esta zona de interação com as pessoas e a possibilidade das novas mídias na arte contemporânea”, explica a artista formada em artes visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, Roberta é mestranda em Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e desenvolve trabalhos no trânsito entre a imagem, a intervenção urbana, a video-projeção e a videoarte.
O MAR foi inaugurado em 2013 e conta com um acervo de quase 8 mil itens museológicos, mais de 7 mil arquivísticos e, aproximadamente 16 mil bibliográficos, dos quais 1.481 são livros de artistas. O MAR foi a primeira coleção de arte concebida para o município do Rio de Janeiro.
Para Roberta Carvalho, ter uma obra no acervo do MAR é um reconhecimento do trabalho que a deixou extremamente feliz. “Eu fiquei bem surpresa e bem feliz ao saber que o Paulo Herkenhoff apontou essa obra como desejada pelo acervo do Museu de Arte do Rio. Isso é um reconhecimento do trabalho muito importante, esse é um museu que admiro bastante, que é muito conectado com o mundo, com o que está acontecendo agora. Fico muito feliz mesmo. Esse foi um reconhecimento, um impulso e estímulo para continuar tudo o que venho desenvolvendo”, garantiu.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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