Estudantes prestigiaram e aproveitaram as atrações da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
Um dos públicos mais constantes na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que seguiu até o domingo (1°), no Hangar Centro de Convenções, foi o de estudantes da rede pública e privada de ensino. Organizados em caravanas ou deslocados por transporte público mesmo, muitos saem até de outros municípios para prestigiar a programação da Feira, que envolve, além da exposição e comercialização de livros, palestras, rodas de conversa, apresentações teatrais e de dança, entre outras.
Apenas a Arena “Walcyr Monteiro”, espaço prioritariamente dedicado ao público infanto-juvenil, já recebeu, até a manhã desta quarta-feira (28), cerca de três mil pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos (estes, em grande parte, os educadores responsáveis pelos estudantes). No local, a programação segue a tônica das Multivozes, ou seja, todos os eventos seguem a lógica da voz do dia na Feira, que já foi a dos escritores homenageados neste ano; a dos LGBTQIA+; a dos afro-brasileiros e, assim, sucessivamente.
A professora Isabela Fonseca, que trabalha em uma escola privada de ensino infantil, levou uma turma de cerca de 50 crianças, com idades de quatro a oito anos, para assistir a diferentes programações na Arena, nesta quarta-feira (28). Os pequenos ficaram atentos a todas as apresentações e saíram animados do espaço. “Como eles ainda são muito pequenininhos, a ideia foi oferecer mesmo esse contato com a leitura e, também, trabalhar a educação financeira, já que alguns deles trouxeram dinheiro para adquirir seus próprios livros, tudo combinado com os pais”, contou.
Já a professora de Língua Portuguesa, Adelina Farias, da Escola Estadual Ruth Guimarães, localizada no bairro do Murinim, em Benevides, explicou que o colégio alugou um ônibus, com contribuição financeira dos alunos e professores, para levar aproximadamente 100 estudantes do Ensino Médio à Feira, em dois dias consecutivos. Nesta quarta-feira (28), cerca de 56 alunos participaram da programação na Arena “Walcyr Monteiro”, especificamente do programa “Égua do Papo Reto – o Corpo Falando”, que discutiu um tema muito caro aos adolescentes: o corpo, a aceitação, o bullyng, entre outros assuntos.
“Primeiro, analisamos a questão do horário, depois, procuramos um evento que tivesse a linguagem mais próxima dos adolescentes e então escolhemos este. Posteriormente, vamos fazer, na escola, uma socialização e um exercício de produção textual com os alunos que vieram à Feira, com a escolha da melhor redação e premiação para eles”, informou.
O jovem Eduardo Silva, de 16 anos, é aluno do segundo ano do Ensino Médio da escola. Ele disse que costumava ir à Feira Pan-Amazônica do Livro com os amigos e que gostou muito de poder visitar o espaço com o colégio. “Às vezes, muitos de nós não têm como vir para a Feira e a escola proporcionar isso é muito legal. Já consegui pesquisar os livros e assistir palestras”, ressaltou.
A Escola Estadual Jarbas Passarinho, do bairro do Marco, também marcou presença na Arena “Walcyr Monteiro”. A professora responsável pelos alunos da escola, Cláudia Virgínia, destacou a importância desse espaço para os cerca de 100 estudantes da Jarbas Passarinho. “Aqui na Arena Walcyr Monteiro, vimos que há muitas palestras ligadas à realidade deles, com temas sobre a juventude. Então, é importante estimular esse tipo de debate que desperte a consciência crítica e que possa fazê-los trabalhar os próprios conflitos”, analisou.
Fonte: Agência Pará (Texto e Foto)
Post a Comment