Grupos da Fundação Carlos Gomes difundem música erudita
As diferentes escolas da música erudita poderão ser conhecidas pelos repertórios dos grupos de música da Fundação Carlos Gomes (FCG) que retornam com apresentações gratuitas neste segundo semestre a partir desta terça-feira, dia 20.
A primeira apresentação será do Grupo de Música Antiga Belle Art, na Igreja de Santo Alexandre, a partir das 19h. O Projeto Música nos Museus é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), em parceria com a Fundação Carlos Gomes.
O Grupo de Música Antiga Belle Art interpretará músicas do período barroco, como a Sonata em Fa Major/F Dur (In Imitation of Birds), de W. Williams; Sonata em Sol Menor, do compositor P. Prowo; Sonata em Sol Menor, de F. Barsanti e também as canções "My dearest, my fairest from Pausanias the betrayer" e "Sound the Trumpet", de H. Purcell.
O grupo tenta apresentar ao grande público alguns instrumentos e timbres de épocas antigas. De acordo com o fundador do grupo, o professor Luís Balieiro, o termo ‘música antiga’ não é designado apenas para composições eruditas. "A expressão surgiu nos anos 1960 e, hoje este estilo abrange todas as manifestações da área musical que fizeram uso de instrumentos rústicos e que não sofreram alterações com a chegada da industrialização e tecnologia moderna, mantendo assim sua verdadeira e pura sonoridade", declara.
O grupo, formado pelo professor Balieiro e mais sete ex-estudantes da Fundação Carlos Gomes, tenta unir o aprendizado da instituição com a difusão da música erudita para o público externo. “A ideia é que se divulgue mais este tipo de música que é mais rara no mundo, no Norte do Brasil são poucos grupos de música antiga. Temos um em Manaus e dois em Belém. É fazer este intercâmbio para divulgação deste tipo de música para uma plateia já formada que goste deste tipo de música”, declarou. A ideia é levar ao público canções de períodos diferentes como exemplos da escola barroca, clássica e romântica.
Orquestra de Violões
Também neste mês está agendado o recital do grupo Orquestra de Violões, no dia 27, também na Igreja de Santo Alexandre, às 19 horas. O concerto com entrada gratuita terá a orquestra tocando Trio Opus 12, de F. Gragnani e L'Evasion, de Astor Piazzolla. Na primeira parte do concerto, o público assistirá ao Trio Camerístico de Violão, formado pelos músicos Guaraci Portugal, Thiago dos Remédios e Rafael Aires. Na segunda parte da apresentação, a Orquestra de Violões interpretará Le Circle Magique, de Manuel de Falla; Sarabande, de G. F. Handel; Hojas e Domingo, de Homero Pereira e Cantiga (Minar), Ponteio e Catira (Bate solo), do compositor Celso Machado.
O professor Guaraci Portugal, à frente da orquestra, conta que o repertório será eclético e dinâmico. "A plateia pode esperar um show com músicas e estilos variados, mesclando obras eruditas, clássicos de compositores da Argentina e também música brasileira nordestina", relata. "Será uma apresentação muito interessante. Quem for, vai se surpreender com a versatilidade do talento dos nossos músicos", adianta.
O grupo foi criado em outubro de 2015 pelos professores Guaraci Portugal e Cibelle Donza. A Orquestra de Violões do Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG) nasceu com o objetivo de estimular a prática de conjunto entre os alunos e professores de violão clássico. Atualmente, a orquestra conta com a participação de 16 integrantes dos níveis básico, técnico e do curso de Bacharelado em Música do IECG.
O grupo toca um repertório variado, visando valorizar obras escritas para a formação de orquestra de violões, feitas por compositores paraenses, brasileiros e estrangeiros. Já se apresentou em importantes concertos de Belém como o Projeto Bravíssimo, Festival de Música Brasileira e Festival Internacional de Música do Pará.
Para a superintendente da FCG, professora Glória Caputo, a participação dos grupos no Projeto Música nos Museus propicia a formação de plateia. "Acredito que essa parceria entre a FCG e o Sistema Integrado de Museus, sobre a direção da Secult, é da maior importância. Esses eventos trazem a música para mais perto das pessoas, fomentando ainda a formação de plateia. Deve-se ressaltar também que, além de oferecermos música de qualidade, estimulamos a vinda de um público que talvez nunca tenha entrado nesses espaços maravilhosos que contam a história da nossa terra".
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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