Dois fotógrafos paraenses integram a 13ª edição da Feira de Fotografia de São Paulo
Entre trabalhos contemporâneos e de artistas renomados internacionalmente (cujas peças são avaliadas em até US$30 mil), as obras de dois paraenses integram o acervo da SP-Foto, a Feira de Fotografia de São Paulo. As fotografias de Luciana Magno e Luiz Braga dão à mostra uma ótica da realidade amazônica. A exposição segue até o dia 25 de agosto, no JK Iguatemi, em São Paulo. A entrada é gratuita.
Com perspectivas políticas ambientais que fogem cada vez da preservação e um recente e duro golpe à integridade da Amazônia, o impacto ambiental é o foco do trabalho de Luciana Magno, com a série "Orgânicos", de 2014. Na exposição, a artista foi apresentada por Janaina Torres Galeria.
"Transamazônica - Altamira", 2014, de Luciana Magno (Luciana Magno)
No trabalho, repleto de intensidade e gentileza, a artista fez um auto-retrato em que aparece sem roupa, coberta apenas pela grandeza da interação com a natureza em cenários de extração ou exploração do meio ambiente. A artista possui obras no acervo do Museu de Arte do Rio e Associação Cultural Videobrasil.
De acordo com o curador independente Rubens Fernandes Junior, ao trazer à luz os trabalhos do fotógrafo e cineasta francês Jean Manson (1915-1990) e de Luiz Braga, "temos a oportunidade de entender a riqueza iconográfica do nosso país por meio desses retratos realizados em tempos tão distintos". O curador explica ainda que as obras do paraenses se delimitam na capital paraense e os trabalhos celebram o cidadão anônimo "que ali vive, trabalha e sonha".
"Carinho no balcão", 1994, de Luiz Braga (Luiz Braga)
"Luiz Braga encontrou em seus arquivos retratos que agrupados denotam harmonia e simplicidade. Uma interação afeita de humildade e humanidade. Sua seleção traz o universo de cada retratado, um microcosmo localizado na região amazônica", descreveu ainda Rubens Junior. O evento chega à 13ª edição e soma, ao longo dos anos, a característica de apresentar aos amantes das artes o lançamento de jovens fotógrafos.
Às novidades, somam-se, ainda, a um acervo que conta com o autorretrato da norte-americana Francesca Woodman (1958-1981), que se suicidou aos 22 anos e cujo trabalho está avaliando entre de US$ 7 mil a US$ 30 mil ou ainda com o trabalho - que custa em média R$30mil, do carioca José Oiticica Filho (1906-1964). O projeto é da empresária Fernanda Feitosa. Neste ano estão, a curadoria fica por conta de Margot Norton, Barbara Tannenbaum e Julieta González.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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