Cine PE faz homenagem a Drica Moraes
O sucesso do cinema pernambucano, que é premiado em todo o mundo, se funde com a história do Cine PE – Festival do Áudio Visual, que chega a 23ª edição mostrando todos os olhares do Brasil com um recorte especial para este pedaço do nordeste que tem a cena mais frenética e criativa quando o assunto é cinema.
Na segunda, no tradicional Cinema São Luiz, foi aberto o evento que exibe uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, que neste ano aposta na formação e qualificação de profissionais da área do audiovisual. A programação é composta por 26 curtas e sete longas-metragens, além de seminários gratuitos nas áreas de formação audiovisual e economia criativa.
Para Sandra Bertini, diretora do festival, o Cine PE é uma vitrine para o trabalho de diversos cineastas brasileiros, mas vai além disso. “O festival não se restringe às mostras competitivas. Óbvio que elas são o carro-chefe, mas dentro disso existe todo um sonho de levar o mercado cinematográfico para dentro das escolas, das faculdades, de investir em novos talentos, e também nortear quem já está imerso nesse universo. Nós temos mais de duas décadas de história, seguindo sempre o mesmo princípio de que cinema não se faz só por trás ou na frente das câmeras. Cinema também é aprendizado, compartilhamento, estudo e debate”.
Num Cine São Luiz lotado, a noite de abertura foi de homenagens e de exibição de produção de cineastas pernambucanas com a estreia do documentário “Frei Damião – O Santo do Nordeste”, de Deby Brennand, e a exibição do curta-metragem “Parto Sim!”, da pernambucana Kátia Mesel, ambos na condição de Hors Concours. Com exibições totalmente gratuitas, esta edição homenageia a atriz Drica Moraes, carioca conhecida por diversos papéis no cinema e na televisão, que sobe ao palco do Cinema São Luiz no dia 3 de agosto para receber o troféu Calunga.
A atriz Drica Moraes tem diversos papéis emblemáticos na Tv e no Cinema e será homenageada no Cine PE (Raquel Cunha/ TV Globo)
Irreverente e versátil, Drica levou sua carreira interpretando papéis vilanescos, como Marcela de Almeida Leal, em "O Cravo e a Rosa"; Cora, da telenovela global "Império" - que lhe rendeu o prêmio Melhores do Ano do Domingão do Faustão.
No estado em que o orçamento para investimento cultural é um dos maiores do Brasil, o cinema tem lugar de destaque, revelando para o mundo cineastas como Kleber Mendonça Filho, prêmio da crítica com “Bacurau” no último Festival de Cannes. O cinema brasileiro precisa destes canais de difusão como o Cine PE para mostrar que a indústria do audiovisual é necessária para fortalecer e até perpetuar o Brasil real.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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