Jovem talento da música compartilha experiência com músicos paraenses
O garoto que começou a se interessar por música aos 7 anos, depois de ver as bandas locais tocando pelas ruas da cidade de Vigia, talvez nem imaginasse que, um dia, pudesse servir de exemplo para tantos outros meninos. O jovem Francisco Braga Jr., de 18 anos, transformou um sonho em objetivo e decidiu se aventurar no mundo da música na capital paulista, onde vive atualmente.
Agora, o músico que toca clarinete e clarone, compartilha a experiência que adquiriu no workshop "O musicar no século XXI" para crianças e jovens músicos nas cidades de Ponta de Pedras e Vigia, nos dias 19 e 20 de julho e 8 e 9 de agosto, respectivamente.
Para ele, é importante não só estimular o interesse de outras crianças e jovens, mas esclarecer, também, que é possível que o sustento venha de um sonho na música. "Meu objetivo é mostrar que tem como sobreviver de música, que as profissões vão além de tocar e dar aula. Existem diversas outras profissões, como o supervisor musical, por exemplo", explica.
"Vou falar sobre como chegar até isso, o que estudar, as universidades, que caminho seguir", detalha o jovem. O workshop é voltado para crianças acima de 10 anos de idade, que estejam estudando música e integrem, ou não, alguma banda ou orquestra na cidade onde vivem. O músico busca, ainda, outras parcerias para que consiga levar o workshop até outras cidades paraenses.
Francisco destaca a necessidade de uma mudança do produto oferecido para o público, como forma de incentivar a participação e interesse do público e garantir a verba necessária para que as apresentações continuem ocorrendo.
"Penso em mim também, naquela época. Ninguém leva informação pra essas pessoas e é importante fazer com que eles saibam da importância da valorização também da música feita aqui. Hoje em dia, se reproduz muito pouco o que é feito aqui, no máximo carimbó e às vezes", comenta.
"O jovem e a criança não vão teatro. É preciso também mudar o repertório senão o público vai acabar. Se acaba o público, acaba o dinheiro e se acaba o dinheiro, acaba o projeto", explica.
A pouca idade, entretanto, não reflete o currículo do jovem vigiense. Francisco já fez parte das bandas Centenária União Vigiense, Banda Maestro Vale e Isidoro de Castro de Vigia e integrou o conservatório Carlos Gomes, em Belém, com apenas nove meses de experiência no clarinete.
Aos 16 anos, ele foi selecionado para fazer parte da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim, onde continua tocando até os dias de hoje. Aos 17 anos, o jovem entrou na Universidade Estadual Paulista, na turma do Professor Sergio Burgani. O músico também faz parte da Banda Sinfônica Jovem Do Estado de São Paulo
Dentre as experiências musicais, Francisco tocou na Orquestra Sinfônica Heliopólis (OSH); trabalhou sob a regência do maestro brasileiro Isaac Karabtchevsky e tocou diversas sinfonias ao longo da carreira. Em 2018, o jovem tocou ainda como primeiro clarinete na turnê internacional do tenor Andrea Bocelli no Brasil, em celebração aos 20 anos do álbum "Romanza".
Agende-se
Workshop "O musicar no século XXI", de Francisco Braga Jr.
Dias: 19 e 20 de julho, em Ponta de Pedras, na Associação Musical Antônio Malato
8 e 9 de agosto, em Vigia, nas sedes das bandas União Vigiense, 31 de agosto, Isidoro de Castro e Maestro Vale
Taxa: R$10
Informações: (11) 95130-2171 (Whatsapp)
Workshop "O musicar no século XXI", de Francisco Braga Jr.
Dias: 19 e 20 de julho, em Ponta de Pedras, na Associação Musical Antônio Malato
8 e 9 de agosto, em Vigia, nas sedes das bandas União Vigiense, 31 de agosto, Isidoro de Castro e Maestro Vale
Taxa: R$10
Informações: (11) 95130-2171 (Whatsapp)
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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