Festival Relíquias do Bosque reúne carros antigos
A paixão por veículos antigos e mais conservados do que muito carro zero que circula pelas ruas deve reunir mais de 25 mil pessoas, entre admiradores e colecionadores, no VII Festival Relíquias do Bosque, neste sábado, 29, a partir das 14h, no Shopping Bosque Grão-Pará.
O evento terá modelos diversos, cada um com sua característica da época. Este ano, além da exposição de carros e motos, outras novidades fazem parte da programação. Haverá, ainda, apresentação de bandas, Feira de Vinil, Feira de Antiguidades, Exposição de Miniaturas, além de uma praça de alimentação, com hambúrgueres, churrascos e bebidas.
Mesmo com uma programação vasta, o coordenador de marketing do Grão-Pará, João Vyctor Fonseca, explica que o carro-chefe do evento é a coleção de veículos, que reúne mais de 300 colecionadores, e já fez do festival o maior evento da região Norte, segundo a Associação de Carros Antigos do Pará (ASAAP).
“O Festival Relíquias do Bosque atrai pessoas do Sul do Estado, do Maranhão, Santarém e vários outros lugares. Tem gente que coloca o carro na balsa e passa três dias para chegar aqui em Belém apenas para estar presente no festival”, afirma João.
Movidos pelo amor por carros antigos, muitos motoristas começam a se preparar com meses de antecedência. Os cuidados consistem em levar o carro para a oficina, onde são feitos, por exemplo, reparos de pintura e peças. Além dos carros antigos, segundo João Vyctor, nesta edição, haverá a exposição de carros mais modernos, assim como as motos, que serão tanto customizadas quanto esportivas.
O VII Festival Relíquias do Bosque conta com uma programação que reúne bandas de Jazz, Blues e Rockabilly. Atrações voltadas para a família toda. “É um programa muito legal para fazer com todo mundo de casa. Muitos pais trazem os filhos com intuito de fazer com que eles tenham contato com modelos que nós não vemos no dia a dia e vejam o veículo que eles tiveram no passado”, comenta João.
O empresário Ovídio Gasparetto se considera um apaixonado por carros antigos. Ele já chegou a colecionar 22 modelos, em pleno funcionamento. Hoje em dia, possui quatro em circulação. Os outros quatro estão guardados. “A minha paixão por carros antigos começou quando eu ainda era criança. A primeira vez que eu dirigi um carro, foi um Ford de 1929. Devia ter de 13 para 14 anos, no interior de São Paulo e, desde lá, sempre gostei de ter comigo modelos antigos”, lembra Ovídio.
“O que me encanta nessas relíquias é a simplicidade com que se podia resolver qualquer problema de mecânica. Eu tenho uma Romiseta, que foi o primeiro carro produzido no Brasil. Nunca me deu trabalho. É simples, pequena, faz quase 50 quilômetros por litro de gasolina e ainda super silenciosa”, defende Gasparetto. Além desse modelo, ele também tem outros como Chevrolet 1926, Ford 1929, Citroen 1947, Aeroilis 1962, DKW 1962 e ainda um Chevrolet 1951.
Para esta edição do Festival, o presidente da Associação de Carros Antigos do Pará, Vinícius Tobias, reforça a participação de modelos mais atuais. Segundo ele, o evento busca atender todos os gostos. “Tem o público que vai porque admira os antigos, mas a gente recebe também aquelas pessoas que procuram por uma Ferrari, algum modelo da Porsche. Este ano, nós teremos tudo isso”, afirma Tobias, que fala também da expectativa da associação. “Esperamos que seja um festival ainda maior do que todas as edições anteriores, porque a paixão por veículos antigos é algo que só cresce no nosso estado. Ano passado nós recebemos mais de 20 mil pessoas, este ano, queremos muito mais”, lembra.
O Festival Relíquias do Bosque é, ainda, uma oportunidade de se fazer negócios e, para uns, a chance de adquirir um modelo tão desejado. “Alguns apaixonados pelas relíquias vão ao evento também com a intenção de comprar determinado modelo que tanto procuram. Mas esse não é o objetivo. Porém fica a critério de cada visitante e participante em fazer ou não a negociação”, frisa Tobias.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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