Espetáculo 'A Vila do Chaves' leva fortes referências do seriado para o palco do Maria Sylvia Nunes



Os encantos dos personagens da vila que até os dias de hoje encanta telespectadores do Brasil, foi parar nos palcos do teatro com uma montagem de gostinho paraense. O espetáculo “A Vila do Chaves”, da Cia de Teatro Pai D’Égua, terá duas sessões neste domingo, no Teatro Maria Sylvia Nunes (Estação das Docas). As apresentações serão às 16h e às 18h, e os ingressos custam R$ 20, com meia entrada para estudantes.
A adaptação paraense começa com uma notícia trazida pelo personagem Jaiminho: uma carta dizendo que a Festa da Boa Vizinhança, para a qual todos se preparam, terá a presença de uma pessoa famosa, que fará uma gravação no local. Todo mundo então passa a ficar mais agitado ainda.
“O espetáculo resgata várias cenas e referências do episódio [A Festa da Boa Vizinhança], e momentos que marcaram o seriado do Chaves. Quando as crianças vão falar da questão da roupa, por exemplo, a gente traz a música ‘Que Bonita Sua Roupa’”, conta Ligia Coelho, produtora, diretora, roteirista, figurinista e cenógrafa do espetáculo, que além disso também dá vida à personagem Dona Florinda no palco. 
Ligia destaca ainda a participação do Seu Madruga na peça, como na famosa cena em que ele volta para a sala de aula e as crianças brincam com o fato de ele ser velho demais para estar ali. A cena traz a música “Se Você é Jovem Ainda”, outro grande sucesso da série de TV.
A diretora do espetáculo se define como uma grande apaixonada pelo seriado da TV que traz os dramas de um menino morador de rua de forma bem humorada, e a relação dele com as excêntricas personalidades que moram em uma vila. Ela diz que o processo de escrita da peça foi difícil, pois tentou trazer, da melhor forma possível, os diversos aspectos marcantes de “Chaves”.
“É referência que quem conhece, canta junto. Outra coisa que eu quis muito trazer foi uma questão sobre a vila, que no final a gente percebe que trata-se de uma grande família”, diz Ligia. 
Entre as cenas que devem gerar momentos nostálgicos no público que cresceu assistindo as aventuras de Chaves, Quico, Chiquinha, Seu Madruga, Dona Florinda e todos os moradores da famosa vila, estão momentos em que as crianças entram na casa da tão temida Bruxa do 71, a “cena do caldeirão”, e uma música que fala sobre emprestar os brinquedos.

Na narrativa, tudo ocorre para a realização da festividade, momento do ápice do espetáculo, segundo Ligia. “Eles brigam, mas também demonstram que são unidos, mesmo nas desavenças demonstram carinho”, conta.

Mesmo com as fortes referências do seriado de TV, “A Vila do Chaves” apresenta também características que aproximam os personagens do público paraense. “Tem um momento em que o Seu Madruga pergunta ao Nhonho: ‘o que vale mais, um gol do Paysandu ou do Remo?’. Incluí essas coisas porque ficava mais divertido”, diz Ligia, sem revelar para qual time paraense o Seu Madruga torce afinal.
Esta é a terceira apresentação do espetáculo desde sua criação, e a diretora conta que há um público fiel, reunindo todas as idades. “Tem a avó que assistia com a filha, e que agora leva também a neta que conheceu o Chaves por meio do desenho animado. É realmente um espetáculo para todas as idades”, destaca Ligia.
Agende-se: Espetáculo “A Vila do Chaves”
Domingo (21), às 16h e às 18h
Local: Teatro Maria Sylvia Nunes - Estação das Docas (Av. Blvd. Castilhos França - Campina)
Classificação Livre
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), disponíveis na bilheteria do teatro e quiosque na Estação das Docas

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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