Conversa com Bial entrevista ativista paraense que tem história contada em 'Aruanas'
O programa Conversa com Bial de terça-feira, 2, teve a participação da ativista paraense Claudelice Santos, ao lado das atrizes Leandra Leal, Débora Falabella e Taís Araújo, que protagonizam a série "Aruanas", do canal Globoplay, que teve sua estreia, quarta-feira, 3, com exibição na TV Globo.
A trama gira em torno da floresta e seus conflitos, e conta histórias de paixão, idealismo, violência e morte, e foi livremente inspirada em histórias reais como a da ativista marabaense Claudelice, que perdeu o irmão e a cunhada assassinados por defenderem a Amazônia e os direitos humanos naquela região.
“Eles defendiam a floresta em pé e defendiam a autonomia das pessoas que moravam naquele lugar. Eles incomodavam muita gente. Políticos, empresários, fazendeiros e essas pessoas se reuniram e decidiram que eles não deveriam mais viver”, conta a ativista, emocionada.
Ao assistir alguns pedaços fortes da obra de Estela Renner e Marcos Nisti, que também participam do programa, Claudelice diz que se preocupa com o futuro dos outros ativistas da região e questiona o que estamos fazendo para mantê-los vivos. “Única coisa que eu espero com a série é que as pessoas olhem com carinho e se vejam nela, se sintam na pele de um ativista que está com a bala na cabeça, antes do gatilho ser apertado”, explica.
"A preservação não é um obstáculo ao progresso. Pelo contrário. Acho lindo Aruanas estar indo para o mundo falando sobre esse tema porque a gente sustenta dois títulos vergonhosos. A gente é o país que mais mata ativista, é o país que mais desmata, e a gente não é o país que mais preserva, isso é mentira. É lindo estar indo para o mundo inteiro porque o mundo ele é um aliado nosso nisso, é um aliado nessa nova consciência", afirmou Leandra Leal.
Como mensagem, a atriz aproveita para despertar o senso de responsabilidade nas pessoas em relação à causa ambiental. "Cada brasileiro é responsável pela sua floresta. Cada brasileiro tem o dever de cuidar, de preservar, através do seu consumo. Você vai querer consumir produto que tem sangue? Você quer importar desmatamento para sua casa? É só atenção. Os seus hábitos cotidianos podem ser transformados simplesmente com consciência e atenção", alerta Leandra.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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