Documentário que apresenta a vida e a carreira de Clara Nunes é a atração de junho no Cine Estação
O documentário "Clara Estrela", que apresenta a vida e a carreira de Clara Nunes, é a atração do mês de junho no Cine Estação, na Estação das Docas. O longa será exibido hoje, 9, e nos dias 16, 23 e 30 de junho, às 16h e 19h. A projeto é no teatro Maria Sylvia Nunes e os ingressos cutam R$12 (inteira) e R$ 6 (meia).
O filme é apresenta em primeira pessoa, através de entrevistas em diversos programas de TV e rádio, a trajetória da cantora que conquistou o Brasil e vários países do mundo. Além do minucioso trabalho de pesquisa audiovisual, o documentário oferece ao público a oportunidade de ouvir as entrevistas de mídia impressa através da narração da atriz Dira Paes. Os depoimentos são entrecortados por imagens oníricas que traduzem o universo místico de Clara, suas raízes e alegria de viver tão marcantes em suas canções.
O filme também traz para o espectador a chance de relembrar os sucessos e a trajetória da artista e a possibilidade de conhecer um pouco mais de uma personagem que, mesmo passados mais de trinta anos de sua morte, permanece em lugar de destaque na história da música popular brasileira.
O filme também traz para o espectador a chance de relembrar os sucessos e a trajetória da artista e a possibilidade de conhecer um pouco mais de uma personagem que, mesmo passados mais de trinta anos de sua morte, permanece em lugar de destaque na história da música popular brasileira.
Poucas vezes no cenário artístico brasileiro houve uma unanimidade como a que existe em torno de Clara Nunes, a intérprete que, de voz cristalina e luminosa, quebrou em 1974 o tabu que imperava na indústria fonográfica de que mulher não vendia discos. A bordo do samba “Conto de areia”, Clara vendeu 400 mil cópias de seu LP “Alvorecer” – só Roberto Carlos vendia assim na época. Com isso abriu as portas do mercado para muitas cantoras que nos anos seguintes também alcançaram fama nacional.
Sua arte tinha um cunho bastante visual: do figurino à dança, uma imagem que tornou-se ícone da identidade brasileira. Depois de sua primeira excursão pelo continente africano, encontrou suas raízes e se cercou de sambistas como Cartola e Candeia. Clara Nunes soube traduzir com rara sensibilidade a alma do povo, gravou desde os autores menos conhecidos até os ilustres, sempre consciente de seu respeito ao público e às origens brasileiras, o que faz dela ainda hoje uma fonte de referência para muitas intérpretes.
A ideia do documentário surgiu em 1998, a partir da constatação que de não havia disponível no mercado uma obra audiovisual sobre Clara. Os irmãos Renata e Rodrigo Alzuguir mergulharam na pesquisa durante anos e radiografaram os aspectos pessoais e profissionais da artista, incluindo viagens até Minas Gerais. A família de Clara, bem como o compositor Paulo César Pinheiro, viúvo da cantora, aderiram à ideia do projeto e disponibilizaram seus acervos. Através da parceria com Susanna Lira, encontraram o formato inovador para o documentário: um filme totalmente de arquivo, apenas em primeira pessoa, sem entrevistas de outros personagens, onde existe somente a presença de Clara.
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)
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