Paraense Breno Torres lança livro contra a intolerância e desumanidade dos tempos atuais


Histórias que falam de amores, dores, perdas e conquistas recheiam “As Horas Selvagens”, segundo livro do autor paraense Breno Torres – publicado pela Monomito Editorial – e que será lançado domingo (17), às 17h, no Espaço das Artes.
Em suas quase 200 páginas o autor convida o leitor a entrar nos quartos de um velho motel no centro de uma cidade qualquer. Cada um dos cômodos nos reserva dramas particulares de seus ocupantes. O leitor conhecerá vidas que vão muito além daquelas quatro paredes e os caminhos que levaram cada um àquele lugar, naquele momento.
Muito além do rótulo LGBT, “As Horas Selvagens” é uma obra que fala de pessoas – das mais diversas origens, orientação sexual e gênero – em busca do amor e em fuga dos medos e frustrações. A humanidade no livro é tema central e está em cada uma de suas frases. Em um capítulo, o leitor conhecerá um casal de homens apaixonados, em outro uma mulher sofrida por sua história de abusos e violências, em outro drag queens lutadoras e há espaço até para o humor de um casal exibicionista.
No texto da orelha, assinado pelo escritor Andrei Simões, a definição final sobre a importância da obra: “Breno Torres não faz questão de ser suave, pois no realismo ficcional, a reflexão da pena precisa ser fatal como a da espada. E em tempos de espadas de intolerância a bradar em gritos espúrios, faz-se não só importante, mas fundamental a existência deste livro”.
O autor Breno Torres tem 23 anos, e é formado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará e é professor de inglês. O primeiro livro, "Pesadelos Infaustos" foi lançado em 2017, sendo destaque do gênero na cena literária paraense. Trabalhando terror e drama, Breno Torres discute questões sobre representatividade e discursos sociais ao longo da carreira, temas que protagonizam fortemente o segundo livro "As Horas Selvagens".
Na nova obra que o autor classifica como "romance de resistência", Breno Torres aborda temas como LGBTfobia, discurso de ódio, suicídio e misoginia, propondo um livro em que diferentes histórias se conectam, acima de tudo, por suas humanidades e capacidades de resistir.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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