Railídia canta a saudade do Pará com a companhia do violão de Paulo Godoy




O sentimento de saudade é o ponto de partida para o novo show da cantora paraense Railídia. A artista que já vive há 21 anos em São Paulo está na capital paraense para rever familiares e amigos e aproveita o momento para celebrar com música no show "Canto de Casa" nesta quinta-feira (17), no Barzin. Venda antecipada de mesa R$ 60,00 ou mesa compartilhada R$ 15,00 o lugar.
Railídia vem acompanhada pelo violão sete cordas de Paulo Godoy e divide o show entre músicas inéditas e gravadas. A trajetória de Railídia na música surgiu com a herança da família, porém, ela só se lançou como cantora após se mudar para São Paulo, onde vive até hoje.
"Eu sou jornalista de formação, mas nasci em uma família de pessoas envolvidas com a arte. E somente em 97 quando me mudei para São Paulo que comecei a entrar de fato no mundo da música", recorda a cantora. Railídia começou a frequentar rodas de samba com o marido e a partir disso começou a fazer participações despretensiosas.
Apesar de ter sido acolhida pelo gênero do samba, a artista diz que sempre inclui em seu repertório as músicas do Pará como o carimbó, siriá, lundu e entre outros ritmos que marcam a sua vida. "Eu adoro o som que nasce da cultura popular. Eu sempre vivi isso, por isso, esses ritmos fazem parte da minha vida musical", diz a cantora.
Em 1999, junto com o marido criou uma roda de samba e a partir disso começou de fato a dividir a profissão de jornalista com a de musicista. A cantora costuma combinar em seu repertório músicas de autores como Waldemar Henrique, Celso Viáfora, Aldir Blanc e Maurício Tapajós, Chico Sena, Guinga, Carlinhos Vergueiro, Jorge Mautner e o paraense Kazinho (músico veterano que fez carreira em São Paulo).
Além das músicas que falam de peculiaridades de cada lugar como "Volto pra comer camarão com açaí" (Saudades do Pará), "Lá no Pará é que eu nasci eu sou de mogno e de luz" (Madeira de sangue)  ou ainda "minha noite paulistana louca e bailarina" (Noturno Paulistano) e "O Brazil não conhece o Brasil" (Querelas do Brasil).
Sambas, maracatu, baião, marcha-rancho, boi bumbá também são alguns dos ritmos que serão apresentados hoje. "O Pará é a minha casa, e São Paulo também se tornou a minha casa depois de duas décadas vivendo lá. Da mesma forma como acho que o Pará precisa ser mais conhecido e valorizado, o Brasil também precisa ser mais valorizado como a casa dos brasileiros. Vi que essa temática da casa como o nosso lar se refletia através de várias musicas", declara a artista. Esse ano, a cantora pretende dedicar um tempo maior para o investimento na carreira artística.


Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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