De verso em Prosa - Vamos Poetar
**Versos criativos do poeta popular Ivanildo Pessoa. São trocadilhos usados que fazem lembrar tempos de outrora. Boa leitura!
G U I N A D O R
G U I N A D O R
Só quem te perseguiu sabe, Hermes
dos céus multicoloridos. Talas e
papel transformados em asas.
Fanchão cortador, herói dos ares
da minha terra, terror das cangulas
e das rabiolas, eras tu, papagaio rei.
dos céus multicoloridos. Talas e
papel transformados em asas.
Fanchão cortador, herói dos ares
da minha terra, terror das cangulas
e das rabiolas, eras tu, papagaio rei.
Eu, uma curica ao vento, mal me
empinando nas pernas, te sonhava
em minhas mãos, a te descair nas
nuvens, interminavelmente.
Um tubo mágico de linha e de cerol
de pico, que não emboletasse nunca.
empinando nas pernas, te sonhava
em minhas mãos, a te descair nas
nuvens, interminavelmente.
Um tubo mágico de linha e de cerol
de pico, que não emboletasse nunca.
Sonho inalcançável de menino, tão
distante eras tu das minhas verdades.
Então lá ia eu, um Bolt nas canelas
ainda marcadas pelas cicatrizes das
curubas mil, varando o tempo e as
distâncias.
distante eras tu das minhas verdades.
Então lá ia eu, um Bolt nas canelas
ainda marcadas pelas cicatrizes das
curubas mil, varando o tempo e as
distâncias.
A correr mundo, pular os muros, voar
nas pinguelas da baixa da tres de maio,
um olho em ti e outro na ponta da linha,
porfiando com os taludos e com os mais
espertos, os donos das varas injustas e
desonestas.
nas pinguelas da baixa da tres de maio,
um olho em ti e outro na ponta da linha,
porfiando com os taludos e com os mais
espertos, os donos das varas injustas e
desonestas.
Não te vejo mais, velho amigo, a não
ser nas minhas viagens atemporais.
Te procuro lá na linha do horizonte,
bem nos limites do sonhar e do viver,
na curva do céu e nas tardes que se
desmancham. Até um dia, guinador.
ser nas minhas viagens atemporais.
Te procuro lá na linha do horizonte,
bem nos limites do sonhar e do viver,
na curva do céu e nas tardes que se
desmancham. Até um dia, guinador.
Edição: Maikon Douglas
Texto: Ivanildo Pessoa - Publicado no Facebook do autor
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