Seduc mostra Musicografia Braille para escrita e leitura de partituras
O
acesso à leitura da partitura musical por meio das pontas dos dedos para a
Pessoa com Deficiência Visual (PcD). É a Musicografia Braille, que esteve em
exposição no estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), nesta
segunda-feira, 4, na 22ª Feira do Livro, no Hangar, em Belém.
Os
técnicos, da Unidade Especializada Álvares de Azevedo da Coordenadoria de
Educação Especial (Coees) da Seduc, levaram todas as orientações para o público
interessado em conhecer essa especificidade do Código Braille criado para a
escrita e leitura de partituras musicais.
Rosana
Furtado, professora de Música do Instituto Álvares de Azevedo, explicou que a
musicografia braile é um código que permite a pessoa cega escrever, ler,
entender e identificar os símbolos musicais por meio de marcações de células
com ponto em alto relevo. “É através da Musicografia que o estudante cego pode
tocar por meio da leitura da partitura, ou seja, ele vai além de ouvir e
reproduzir os sons, chamado popularmente, de tocar de ouvido”, disse.
Os
professores de Música Fernando Lacerda (Universidade Federal do Pará) e Tainá
Façanha (Universidade do Estado do Pará), ficaram bastante interessados na
metodologia de ensino para PcDs visuais. “No próximo semestre terei uma
disciplina específica da inclusão e, com certeza, a musicografia será muito
útil. Vou solicitar para a coordenação do curso da UEPA entrar em
contato com o Álvares de Azevedo para saber da possiblidade de disponibilizarem
uma formação nessa área”, disse a professora.
A
professora Rosana Furtado explica que o Alvares de Azevedo tem 50 alunos
cegos matriculados em música no Instituto, que inclusive este ano um
deles foi aprovado no curso de Música da UFPA, É Everton Silva, que entrou como
calouro e com a vantagem de ter o conhecimento de Musicografia, que abre espaço
para o PcD visual aprender, reproduzir canções e usar toda sua
criatividade
A
grafia da partitura em Braille foi um longo trabalho e uma vitória de Louis
Braille que modificou a versão original da partitura, trabalhando durante muito
tempo de sua vida. Hoje, ainda se utiliza a partitura em braille criada por
Louis.
Por
Kátia Aguiar, Ascom Seduc
Fotos
Fernando Nobre, Ascom Seduc
Fonte:
Site Pan-Amazônica
Post a Comment