Nove dias de viagem pelo mundo dos livros na festa cultural da Feira Pan-Amazônica
Criança teve de montão. Por todos os
cantos, adolescentes conectados ou em passeios analógicos presos a títulos,
capas de livros, revistas à caça das fantásticas histórias de J. R. R. Tolkien
e seus personagens da mágica trilogia ‘Senhores dos Anéis’ espalhados por todas
as estantes e prateleiras, às vezes escondidos sob as pilhas de livros
desarrumados nas promoções para todos os gostos. E na lista dos best
sellers
juvenis também apareciam ‘Harry Potter’, de J. K. Rowling, os clássicos da
literatura infantojuvenil ‘Pollyanna’ e ‘Pollyanna moça’, de Eleanor H. Porter,
‘Assassins Creed’, de Oliver Bowden e uma mistura de super-heróis e fantasias.
Pelos corredores, nas escadas rolantes
e outras áreas do Hangar desfilavam cosplays, clowns, personagens de teatros, cabeças
coloridas de tipos peculiares. Como na manhã de domingo, quando um dinossauro
abria caminho no aglomerado de visitantes, a Matinta Pereira, Darth Vader e
Mulher Maravilha. A Feira do Livro mais parecia um espetáculo feito dos últimos
lançamentos do mercado editorial, programação cultural, grandes lançamentos da
literatura nacional, internacional e de autores paraenses.
No estande dos escritores paraenses,
desenhistas, músicos e sessões de autógrafos criaram uma atmosfera festiva
nessa vitrine para os mais de 300 autores de Belém e de outros municípios. Mas
o Pará esteve presente em outros estandes como o da Academia Paraense de
Letras, da Fundação Cultural, Imprensa Oficial e da Universidade Federal do
Pará.
Dos clássicos ao cordel, tudo foi
motivo para corrida às compras, com promoções tentadoras de publicações
oferecidas de 5 a 10 reais. Como o “Diário de Anne Frank”, “Orgulho e
preconceito”, de Jane Austen e as histórias eróticas de Silvia Day. Mas a literatura
brasileira também ficou ao alcance de muitos como Lima Barreto, Machado de
Assis, Mário de Andrade, José de Alencar e Guimarães Rosa. Muito o que
comemorar nos estandes como fez José Félix que apostou em livros de filosofia:
ele vendeu todas as obras de Aristóteles e Platão. E Wanderleia Farias, que
apostou em literatura policial e lucrou.
Gabriel Garcia Marquez ficou na lista
dos mais procurados, na Feira PanAmazônica, que este ano escolheu a Colômbia
como país homenageado e o escritor paraense Age de Carvalho como patrono. Das
escritoras, os livros mais procurados, de acordo com a Associação Nacional de
Livrarias foram ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’, da poeta
Anália Moraes, ‘Extraordinário’, da escritora R.J. Palacio e ‘História das
mulheres no Brasil”. De Mary Del Priori, escritora convidada para o Encontro
Literário do Salão paraense.
Nos nove dias em que Belém abriu as
portas para o incrível mundo dos livros, abriu as portas também para o teatro,
cinema, exposições, para o humor, a música popular, para a sensualidade dos
ritmos que embalam o lundu e o carimbó, o canto da pajé Zeneida Lima com a
força dos caruanas e os calientes sons latinos que foram levados ao palco no
segundo domingo de junho, com gosto de salsa e jambu. A Feira bombou!
Ascom da Feira do Livro
Fotos: Eunice Pinto e Valéria Barros
Fonte: Site da
Feira Pan-Amazônica
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