Mercado editorial está mais estável, diz gerente comercial da LP&M
O mercado editorial ainda se ressente
em relação à crise econômica que atravessa o país, mas já se consegue
vislumbrar alguma mudança favorável. Assim a pensa Elizabeth Vilela, gerente
comercial da LP&M Editores, de Porto Alegre, fundada em 1977, em plena
ditadura militar. Nesta quinta-feira, 7, ela visitou a Feira Pan-Amazônica do
Livro e se disse admirada com o tamanho do salão literário realizado em Belém.
“É a primeira vez que venho à Feira de
Belém e estou bem impressionada. Não esperava encontrar uma estrutura tão
bacana, organizada e fiquei superanimada com o tamanho da feira, da qualidade
dos estandes, das obras oferecidas”, disse Elizabeth Vilhena e ratificou essa
impressão ao comentar: “eu já participei de diversas feiras, mas a de Belém
representa muito bem o que se vê de melhor no Brasil quanto à disposição das
obras que chegam aqui.”
A LP&M é reconhecida por lançar
obras expressivas no mercado editorial como observa Elizabeth Vilela, falou do
último lançamento da editora, a biografia de Frida Kalo ilustrada por Maria
Hess, artista gráfica espanhola, incluindo trechos de seus diários, cartas e
depoimentos. O livro revela as dores e as delícias da sua existência de Frida,
assim como usou a arte para vencer as limitações que as condições lhe impunham
e reinventar o próprio existir. O resultado é uma obra poética, lapidar, que dá
voz a uma das figuras mais interessantes do século XX. “O livro póstumo do
Eduardo Galeano “Fechado por motivo de futebol”, é muito procurado e também
“Sapiens”, de Yuval Noah Harari”, conta Elizabeth Vilela. Harari é um professor
israelense de História e autor do best-seller internacional que está na lista
dos mais vendidos
Elizabeth Vilela, ao avaliar os altos e
baixos do segmento, se diz otimista: “A gente não consegue ver mais queda, há
uma estabilidade. Acredito que teremos um bom resultado a partir do ano que
vem. A LP&M tem até uma vantagem: como produzimos o livro pocket, ele vende
muito em época de crise porque é um livro mais barato.”
E num evento como o de Belém, onde há
uma grande produção literária, os novos autores têm chance nas grandes
editoras?
“A editora está aberta para os novos.
Não temos paraenses, infelizmente...não sei exatamente porque isso acontece,
mas temos autores de vários estados, apesar de ser gaúcha ela não é uma editora
fechada.
Por Ronald Junqueiro
Foto: Eunice Pinto
Fonte: Site da Feira Pan-Amazônica
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