Estande de escritores paraenses movimenta 22ª Feira do Livro
No último dia da 22ª Feira
Pan-Amazônica, o estande dos autores paraense manteve o ritmo intenso de
programações apresentadas nos noves dias de evento. Durante a tarde
do domingo (10), quatro lançamentos de obras foram realizados, três autores
estavam promovendo a venda dos próprios livros e outros escritores e poetas
estavam circulando pelo espaço.
A Feira ainda não havia encerrado e os
números do estande do escritor paraense apontavam êxito. Durante os nove dias
de evento foram 14 municípios presentes, 300 autores com livros à venda, 1.200
títulos expostos, 18.000 exemplares à disposição do público e 100 lançamentos
presenciais no estande dedicado à produção literária no Pará.
OS
AUTORES
Ao contrário do que os médicos
projetaram, Lucas Moura, diagnosticado com autismo, não só aprendeu a ler,
escrever e falar como lançou no estande do autor paraense mais uma edição da
coleção de HQs, “Medo de quê?”. De Breves, Jetro Fagundes veio lançar o livro
“Poesias Românticas”. Ainda na mesma tarde, o juiz Cláudio Rendeiro (conhecido
como o personagem Epaminondas Gustavo) e Verena Brito também lançaram suas
obras.
“Acho que qualquer espaço que se dê
para as obras dos escritores paraenses é importante. A Feira não é só venda mas
também belos encontros e reencontro. Como esse que estou vivenciando agora com
o trovador de Angra dos Reis, Sebastião Isidro”, conta o poeta paraense, Juraci
Siqueira.
Encontrar personalidades da palavra é
fato comum no estande do escritor paraense. Com o nariz do palhaço Jojoca, o
autor do livro infantil “A menina colorida do papel crepom”, Joelson Lima,
circulou pelo local promovendo sua obra. O administrador e autor do romance
“Passado no Presente” também ostentou sua publicação autoral. Valdemir Costa,
autor de “Poesias do Oráculo Maia”, leu poemas dedicados paras pessoas a partir
de um cálculo que criou baseado nas sabedorias Maia.
Responsável pelo espaço e dono da
Editora Cromos, o poeta e cordelista Claudio Cardoso explica que a Feira cria a
oportunidade do autor regional conhecer grandes editoras, obras e autores de
outros estados. “No meio desse mundo de livros, de produções com muita
qualidade, temos que tentar ser iguais ou melhores”, defende o escritor.
Jhula Coimbra saiu com as sacolas
repletas de cordéis, “eu gosto muito desse tipo de literatura e sei que sempre
posso encontrá-la aqui”, afirmou a estudante. O espaço tem dedicação para esse
tipo de literatura e realizou nesse ano de 2018, pela nona vez, o Encontro de
Cordelistas da Amazônia.
“O estande do escritor paraense
consolidou-se como um espaço agregador e de sucesso. Fruto de muito trabalho de
toda equipe e companheiros de labuta na literatura do dia a dia. Nossos números
são expressivos. Obrigado aos escritores que acreditaram no trabalho e agradeço
mais ainda a equipe nota mil, que este ano, com algumas exceções, é a mesma de
outros anos e por isso, já bem experiente. Nosso estande presta um serviço à
comunidade, pois desde 2012 mantemos intérpretes de LIBRAS, Língua Brasileira
de Sinais”, diz Claudio Cardoso, responsável pelo encontro literato paraense.
Quem quiser encontrar as obras que
estiveram disponíveis no estande do autor paraense durante a 22ª Feira
Pan-Amzônica do Livro pode se dirigir, aos domingos, na Praça da República, no
ponto do autor ou acessar o site da Editora Cromos.
Por Roberta Brandão
Foto: Eunice Pinto
Site da Feira Pan-Amazônica
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