Como vão as vozes do Brasil?



Ney Matogrosso, 76 anos. Roberto e Erasmo, 77. Gil, Caetano e Milton, 75. Chico Buarque, 73. Gal Costa, 72. Maria Bethânia, 71. Aos 20, eles não imaginavam que o som que dava significado a suas existências, produzido por um engenhoso aparelho formado por um tecido musculoso no interior de suas laringes e amplificado por um alto-falante natural nas regiões da faringe, boca e nariz, teria prazo de validade. Ao viverem a sétima década, os principais timbres do Brasil lidam com a ação do tempo. Quem a usou bem, canta mais alto.
Gil está prestes a lançar seu disco fisicamente mais desafiador. Será o primeiro com canções inéditas depois de uma série de internações em 2016 para tratar de uma insuficiência renal que minou a saúde e o espelho da alma, a voz. Em alguns momentos ao lado de Caetano, na turnê mundial que fizeram, sua voz foi ao limite, imprimindo ainda mais dramaticidade a músicas como Não Tenho Medo da Morte. 




Fonte: O Liberal/Magazine (Texto e Foto)

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