Cátedra homenageia historiador português atuante na Amazônia
Uma
parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto da
Cooperação e da Língua Portugal (I.P. Camões) instalou, no final da tarde desta
terça-feira (04), a Cátedra João Lúcio de Azevedo. A cadeira acadêmica
homenageia o escritor português que, aos 18 anos, desembarcou em Belém do Pará
para ser caixeiro-viajante de uma livraria e se tornou um historiador da
Amazônia.
O
Instituto Camões é um órgão do Governo Português voltado à difusão da língua
portuguesa e da cultura lusófona. As ações do Instituto acontecem por meio de
Cátedras vinculadas a universidades em todo o mundo. No Brasil são seis ao
todo, entre elas a de João Lúcio de Azevedo, da UFPA, cujo acordo de cooperação
foi assinado no ano passado.
O
historiador Aldrin Figueiredo, professor da Faculdade de História da UFPA, explica
que uma Cátedra tem, entre outros, o objetivo de fomentar pesquisas entre o
Brasil e Portugal, com diversas temáticas na área de história e literatura.
Paralelamente,
está sendo realizado um estudo sobre o historiador português que dá nome à
Cátedra, realizado em conjunto com a professora Maria de Nazaré Sarges e a
historiadora portuguesa Adelina Amorim. O estudo foi apresentado após a
instalação da Cátedra.
“João
Lúcio veio para cá e aqui começou a realizar uma carreira sólida como
historiador. Na Europa conseguiu fama e sucesso como um grande historiador
português. Uma parte do estudo já está pronta, mas muita coisa está sendo
realizada como levantamento de fontes, pesquisa documental e acesso a textos
brasileiros e portugueses”, comenta o professor.
O
reitor explica que “a Cátedra envolverá várias atividades acadêmicas e
culturais dirigidas ao mundo acadêmico e à população em geral que se interessa
pela cultura lusófona”.
“O
historiador foi o editor das cartas do Padre Antônio Vieira e noventa por cento
da publicação de João Lúcio Azevedo é ligada ao Pará”, explica a professora
Adelina Amorim, do Centro de História da Universidade de Lisboa.
Lúcio
de Azevedo é considerado um dos maiores historiadores portugueses do início do
século XX e continua, ainda hoje, a ser regularmente editado em Portugal.
Por
Márcio Flexa
Fotos:
Elza Lima
Fonte: Site
da Feira Pan-Amazônica
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