A libertação de Erasmo Carlos


Não há grande reflexão de Erasmo Carlos sobre Erasmo Carlos. Ele é um artista aberto a todo assunto, cheio de carisma e incapaz de fugir de perguntas mesmo desconfortáveis, mas pedir que saia de si, sobrevoe o universo e volte com um pensamento profundo sobre a época e sua contextualização pode não ser o melhor caminho. Erasmo, aos 76 anos, nem precisaria mais falar - postura que sua gentileza impede que assuma diante dos jornalistas. Ele fala agora sobre seu novo disco, Amor é Isso, 31º de uma carreira de 61 anos se considerarmos que estar ao lado de Tim Maia e Roberto Carlos com os Sputniks, em 1957, foi a origem.
Sua sinceridade pode deixá-lo longe da opulência dos famosos e muito próximo de qualquer interlocutor. Em vinte minutos de conversa, Erasmo coloca abaixo a expectativa por duas ou três reações politicamente corretas para dizer o que pensa. Em um bem redigido texto de apresentação do disco enviado para a imprensa, o autor anônimo diz que o novo álbum “retoma a trilha explorada no clássico LP Carlos, Erasmo, lançado pelo cantor em 1971 e que se tornaria referência fundamental aos artistas da geração da música brasileira do século 21”.




Fonte: O Liberal/Magazine (Texto e Foto)

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