O humor de Epaminondas Gustavo e Adilson Alcântara no Waldemar Henrique
O juiz Cláudio Rendeiro e seu já consagrado personagem Epaminondas Gustavo, caboclo simples, com um humor ingênuo e linguajar característico, que ao lado do músico, compositor e humorista Adilson Alcântara vem se apresentando em casas de shows, teatros e eventos sociais no Pará e pelo Brasil, sobe hoje (05) e amanhã (06) no palco do teatro Waldemar Henrique com o espetáculo “Humor à primeira es(piada)”. A apresentação será às 20h nos dois dias, com ingressos a R$ 20.
Cláudio e Adilson são dois reis do improviso e apresentam música e piadas que envolvem a cultura paraense. Segundo o juiz Cláudio Rendeiro, o parceiro de palco traz o suporte artístico que Epaminondas precisa, já que Rendeiro não é músico. “Ele (Adilson) é muito criativo, engraçado e tem muito improviso, como eu. A gente tem um roteiro, mas em show de humor não tem jeito”, explicou.
Alcântara informa que a apresentação é 60% musical, com muitas paródias, melôs e versões humorísticas. A ideia de se apresentarem juntos surgiu no final do ano passado, durante o aniversário de 50 anos do músico Salomão Habib, na ilha do Combu. Foi quando Adilson Alcântara e Cláudio Rendeiro se conheceram. O aniversariante reuniu vários artistas, que deram uma “palhinha” durante a festa. “Eu já me apresentava na abertura de eventos jurídicos e em projetos do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA), em eventos formais em auditórios. Fiquei assustado com a ideia do stand up. Faço áudio sem encarar o público, isso é mais fácil. Difícil encarar o público”, conta Cláudio Rendeiro.
O personagem Epaminondas Gustavo foi criado pelo juiz em 1997 como uma forma didática de explicar ao público o trabalho realizado pela Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas, da Justiça Comum. Rendeiro tinha que lidar diariamente com o público humilde que tinha dificuldade de compreender como um réu condenado não havia sido preso, mas sim punido com a aplicação de multa pecuniária ou a prestação de serviços comunitários. Foi inspirado num idoso de baixa instrução chamado Epaminondas, que foi condenado por podar uma árvore que derrubou o muro do vizinho, que Cláudio Rendeiro improvisou o teatro na cidade de Marabá, no sudeste do Estado, usando o personagem pela primeira vez. “O Seu Epaminondas era muito humilde e não entendia porque tinha que cumprir pena alternativa. Quando ele ia na vara, ele não queria falar com ninguém, só com o juiz, e levava os documentos dentro de um saquinho plástico”, relembrou.
Adilson Alcântara é um músico reconhecido no estado, que já se apresentou em várias atividades musicais e projetos culturais em todo o país, incluindo mais de 30 shows em teatros de Belém e a participação em cerca de 15 festivais de música no Pará e em outros estados. A trajetória fonográfica começou em 1990, quando gravou a música “ As Crianças Latinas”, de autoria do jornalista Edir Gaya. Em 1998, Alcântara lançou o primeiro CD solo, “Tributo à Cidade em Romaria” e, em 2004, o segundo álbum, “Cantar”, produzido por Nilson Chaves e que teve a participação de 12 artistas consagrados da música paraense.
Serviço
Data: hoje (05) e amanhã (06)
Hora: 20h
Local: Teatro Waldemar Henrique (Praça da República)
Ingressos: R$ 20.
ORM
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