Lázaro Ramos é o autor mais vendido da Flip e Scholastique Mukasonga fica em 2º; veja lista
O livro "Na minha pele" (Objetiva) foi o mais vendido na livraria oficial ao longo dos cinco dias da 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que se encerrou neste domingo (30).
A obra é uma mistura de memórias e reflexões sobre racismo, dentre outros assuntos. Ou uma "provocação", como disse o autor em recente entrevista ao G1.
Em segundo lugar na lista de best-sellers da Flip 2017 (veja, abaixo, os dez mais vendidos), ficou "A mulher dos pés descalços" (Nós), de Scholastique Mukasonga. No evento, a autora foi muito aplaudida ao contar sua história pessoal, dizendo: "O genocídio de Ruanda fez de mim uma escritora".
Uma outra obra da mesma autora, "Nossa senhora do Nilo" (Nós) ficou em quinto lugar no top ten da livraria do evento.
O pódio teve ainda "Com o mar por meio - Uma amizade em cartas" (Companhia das Letras), que registra as correspondências de dois grandes autores: o brasileiro Jorge Amado e o português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura.
De acordo a gerente da livraria Travessa, Natalie Lima, o número de exemplares vendidos foi 30% maiores do que em 2016. Ela não forneceu, no entanto, números detalhados. No ano passado, quando a bielorrussa Svetlana Alexiévitch terminou best-seller, o tal de vendas foi de 15.346 exemplares.
A responsável pela unidade atribuiu duas causas possíveis para crescimento em 2017.
Primeiro, o fato de a livraria ter sido montada na região da Praça da Matriz (local de maior circulação do público), e não na margem oposta do rio que cruza a cidade, como nas edições passadas. "Mas pode ter sido também por causa do período de férias escolares", apontou a gerente.
Veja, abaixo, os dez livros mais vendidos na Flip 2017:
- "Na minha pele" (Objetiva), de Lázaro Ramos
- "A mulher dos pés descalços" (Nós), de Scholastique Mukasonga
- "Com o mar por meio" (Companhia das Letras), de José Saramago e Jorge Amado
- "Lima Barreto: Triste visionário" (Companhia das Letras), de Lilia Schwarcz
- "Nossa senhora do Nilo" (Nós), de Scholastique Mukasonga
- "Diário do hospício e o cemitério dos vivos" (Companhia das Letras), de Lima Barreto
- "Esse cabelo" (LeYa), de Djaimilia Pereira de Almeida
- "Insubmissas lágrimas de mulheres" (Malê), de Conceição Evaristo
- "Para educar crianças feministas - Um manifesto" (Companhia das Letras), de Chimamanda Ngozi Adichie
- "O vendido" (Todavida), de Paul Beatty
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